O Atlético está desapontado com a postura do Flamengo, que
Em decisão liminar, expedida na noite da última quarta-feira (24), o órgão determinou que a emissora, parceira comercial da Libra e detentora dos direitos de transmissão do
Muzzi também revelou que a postura do Flamengo foi de travar qualquer tipo de conversa. O executivo atleticano revelou que o clube carioca travou reuniões do grupo com exigências há pelo menos 120 dias.
Em entrevista à Itatiaia, Bruno Muzzi, CEO do Atlético, não escondeu a frustração e a insatisfação do grupo com o comportamento da direção flamenguista.
“Vejo esta ação do Flamengo como uma tristeza para o futebol brasileiro. Num momento em que todos estão nós da Libra, da qual o Flamengo faz parte e a diretoria anterior assinou todos os acordos e compromissos, e por uma questão unicamente política, questiona seu próprio grupo. A Libra é uma entidade unida, mas que já vinha desde o início do ano com muito desgaste com este presidente atual (do Flamengo)”, disse Muzzi.
“Estamos lutando pelo bem do futebol brasileiro, discutindo fair play e formação de Liga. Ele (Flamengo) faz um movimento muito infeliz e de afronta a todos os clubes, trazendo prejuízo incalculável para todos os participantes, sem nunca propor nenhuma ação que de fato pudesse resolver o que o Flamengo questionasse. É extremamente desapontante, para não dizer outros adjetivos, mas o Atlético vê como muita insatisfação a maneira que o presidente do Flamengo vem se portando”, acrescentou.
Tiro pela culatra
Ainda segundo o CEO, esta atitude do clube carioca pode gerar um efeito negativo no futuro. Muzzi vislumbra uma união dos grupos contra o Flamengo pela atitude tomada.
“Acho que num curto prazo prejudica e tumultua, mas acho que esta ação vai levar a uma maior união dos clubes. É um caminho e que este tiro pode sair pela culatra”, destacou Muzzi. Ele ainda revelou que, além dos jurídicos dos clubes envolvidos, a Libra também contará com os serviços de dois escritórios especializados para ter sucesso nesta briga.
O primeiro pagamento, realizado em 25 de julho, havia sido de R$ 76,6 milhões. Ainda restam mais duas parcelas para este ano, em novembro e no fim da competição. O contrato dos clubes com a Libra tem validade até 2029.
Pelo contrato atual, 40% do valor é repartido de forma igualitária entre os clubes da Série A, 30% conforme os resultados esportivos e os outros 30% conforme a audiência das transmissões. O Flamengo, no entanto, defende que esse último percentual seja calculado com base nos cadastros de pay-per-view.
“Tínhamos um recebimento programado para ontem (cerca de R$ 7,7 milhões), tanto da parte de performance mínima, quanto para a de audiência, e este dinheiro já foi bloqueado para todos os clubes da Libra. Com certeza usaríamos no fluxo de caixa do dia a dia. Temos diversos compromissos, mas teremos que nos virar aqui. Não existe mais conversa com o Flamengo, a não ser na forma judicial”, finalizou Bruno Muzzi.