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Pedrinho, do Vasco, abre o jogo sobre situação financeira e reforços no clube

Presidente convocou coletiva para esclarecer dúvidas sobre o momento que a equipe vive na temporada e a busca por novos jogadores

Pedrinho ao lado do CEO da SAF do Vasco, Carlos Amodeo

O presidente do Vasco, Pedrinho, abriu o jogo sobre a situação financeira do clube. Em Recuperação Judicial, o Cruzmaltino ainda está no mercado em busca de reforços. No entanto, o futuro não é dos melhores como o próprio garantiu.

Em coletiva nesta quinta-feira (24), o mandatário falou que o Cruzmaltino tem como objetivo primeiro colocar em dia com as contas para poder reforçar o elenco com grandes nomes. O próprio afirmou que nunca prometeu “nomes de alto nível’.

“Nunca prometi em nenhuma coletiva trazer jogadores de alto nível. A minha promessa sempre foi honrar os compromissos. A construção é dentro de um fluxo de caixa que cabe parcelamento grande. Com isso podemos trazer os jogadores que precisamos. Em nenhum momento na janela falamos de contratação de nível de jogadores do Real Madrid. Minha promessa foi sempre honrar os compromissos. Gostaria de falar de diversas contratações. As pessoas têm dificuldade de encarar a realidade e ela é dura. Os rivais passaram por um período de dificuldade e se reestruturaram, enquanto a gente estava afundando em dívidas. Nunca prometi nada”, afirmou o presidente.

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Pedrinho ainda explicou o fluxo de contratações da equipe, como foi a chegada de Thiago Mendes. Ele rechaçou a possibilidade do volante ter desembarcado em São Januário por imposição do empresário Paulo Pitombeira, que é o mesmo que cuida do goleiro Léo Jardim.

“Thiago Mendes já era um desejo muito antes da renovação do Léo Jardim. Já estava mapeado. Se o empresário do Jardim tivesse indicado o Thiago e nos interessasse, não teria problema. É mentira essas relações. Isso nunca existiu. Se facilitasse a negociação também não teria problema. É um jogador muito debatido. Depois que vimos a possibilidade. Mesmo sendo um jogador que interessava muito. Teve que ter um investimento bom para ter um jogador do nível dele”, comentou.

Presidente rebate críticas aos reforços

Pedrinho ainda explicou como é feito o processo de contratações no clube. Ele rebateu as críticas da torcida sobre os atletas que chegam e acabam não tendo oportunidades ou se destacando.

“Se desvaloriza muito o que é feito. Parece que vamos para o bar falar de futebol e contratamos. Pode ter certeza que todos os clubes erram e acertam. Às vezes passa de forma sútil porque eles contratam em maior peso. Uma renovação do Léo Jardim, por exemplo, tem custo de contratação. Antes de entrar para a questão da Recuperação Judicial, as transferências que não foram pagas pela 777 entram em custo de negociação. De R$ 300 milhões eles não pagaram R$ 200 milhões. Tivemos que entrar com uma ação sabendo que a dificuldade financeira seria nossa. Senti muito medo porque juridicamente não entendo. Protegemos o Vasco de cair em uma massa falida. Quando falamos desse cenário acham que é bengala. Muita coisa que pagamos poderia ser utilizada para contratações e não é”, opinou.

Erros de planejamento

Pedrinho também garantiu que o planejamento é feito de forma cuidadosa e minuciosa por todos os setores do departamento de futebol. No entanto, ele sabe que nem todos os jogadores que chegam acabam entregando o que é prometido.

“Todos os exemplos que vocês dão de contratações ruins são os jogadores não utilizados. As contratações passam por um crivo, mas daí em diante o jogador performar é relativo. Tem jogadores que acreditava muito e não desempenhou ainda, enquanto tem outros que não acreditava e estão bem”, cravou.

Em má fase, o Vasco volta a campo no domingo (27), às 18h30 (de Brasília), diante do Internacional, no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela 17ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.

Jornalista esportivo desde 2006 e com passagens por Lance!, Extra e assessorias de marketing esportivo. É correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Tem pós-graduação em Jornalismo Esportivo e formação em Análise de Desempenho voltado para mercado.