Ídolo do Flamengo, Zico colocou a estrutura de seu clube, o CFZ (Centro de Futebol do Zico) à disposição de Gabigol após o atacante ser suspenso pela Justiça Desportiva Antidopagem, nesta segunda-feira (25), até abril de 2025. O Flamengo ainda irá recorrer à decisão, e Zico comentou o episódio nesta terça-feira (26).
“Se não tiver lugar para treinar, o CFZ estará à disposição para ele trabalhar cedo, tarde ou noite. Lá é a casa do futebol. A gente fica muito triste com situação como essa. O único lado bom disso é que ele não foi punido por ter jogado dopado”, afirmou Zico em entrevista à ESPN.
Gabigol foi suspenso por episódio ocorrido em abril de 2023, na véspera da final do Campeonato Carioca contra o Fluminense. Segundo a
Maior ídolo da história do Flamengo e campeão mundial em 1981, Zico lembrou de sua experiência como treinador do Fenerbahçe, da Turquia, entre 2006 e 2008, para falar sobre o controle de antidoping, com exames surpresas durante a temporada.
“Vivenciei isso como técnico do Fenerbahçe, esses exames surpresas. Tínhamos que dar a programação de treinos para a UEFA. Foram umas duas vezes nos anos que estive lá. Podiam escolher 10 ou dois. Talvez podem ter pego o Gabigol num dia ruim, ele pode não ter dado muita atenção para isso. Isso pode ter gerado um clima bem ruim na época”, concluiu.
O Flamengo, por meio de uma nota oficial, se mostrou surpreso com a suspensão de Gabigol e afirmou que prestará todo apoio ao atleta - veja mais
O atacante se posicionou por meio de um comunicado nas redes sociais. Gabigol está confiante de que sua “inocência será comprovada”. Leia, na íntegra,
Relembre o caso
Em 8 de abril, técnicos da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) foram até o Ninho do Urubu, CT do Flamengo, para realizar exame antidoping surpresa em alguns jogadores, praxe no trabalho da autoridade. Gabigol, segundo a denúncia apresentada pela procuradoria, não gostou de ter sido sorteado e dificultou o trabalho dos profissionais.
Ele não teria feito a coleta quando solicitado, indo almoçar antes, teria se irritado quando foi acompanhado ao local para urinar e não teria lacrado o recipiente, como pede o protocolo. O caso foi relatado pelos oficiais à ABCD, que fez o repasse das informações à procuradoria, para investigação.