Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim analisou, neste domingo (17), ao programa CNN Esportes S/A, a possibilidade de o clube construir um estádio próprio. Ao jornalista João Vítor Xavier, o mandatário praticamente descartou essa hipótese.
“É complicado pensar na construção de um estádio no Rio de Janeiro, onde todos os espaços já estão tomados. Se fossemos construir, seria um espaço para 100 mil pessoas. Pequeno para o Flamengo, mas entendemos que seria um bom tamanho. O Flamengo esse ano tem um público médio de 55 mil pessoas, são muitos torcedores”, disse.
Landim afirmou que vê como “caminho natural” o Flamengo manter a administração do Maracanã, estádio em que manda seus compromissos atualmente, por pelo menos mais 20 anos. Hoje, a gestão é feita por meio de uma concessão feita pelo estado do Rio de Janeiro.
“O Flamengo tem uma concessão temporária do estádio e vem sendo renovada. Discutimos a continuidade da gestão do estádio que é bem-visto pela Conmebol, que eles consideram o estádio melhor gerido do Brasil. Ficamos felizes de receber o reconhecimento. Quando o recebemos, apesar de novo, estava destruído. Nós entramos lá e estamos fazendo um bom trabalho”, avaliou o presidente.
“Se um dia o governo do estado entender que deve vender, nós vamos avaliar. Entendemos que o interesse do estado não é administrar o Maracanã. O caminho é uma concessão pública de 20 anos. Ao final disso, podemos fazer uma proposta. Sem saber quais condições eu terei no Maracanã, é muito difícil decidir de tomar uma decisão em relação ao estádio. Sem saber custos, controle. É necessária uma análise de condições”, complementou.
No segundo semestre de 2022, o assunto “estádio próprio” voltou à pauta do Flamengo com força, e a diretoria escolheu a área do Gasômetro, próxima da rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, como a favorita para o projeto. As negociações com a Caixa Econômica Federal foram tocadas diretamente pelo presidente Rodolfo Landim, mas não avançaram.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) sempre se colocou à disposição para ajudar no processo no que cabia à Prefeitura do Rio de Janeiro, que seria a autorização e a liberação do potencial construtivo do local. Enquanto o projeto não avança, o Flamengo segue como concessionário do Maracanã em parceria com o Fluminense.
