A derrota do Cruzeiro por 1 a 0 para o time reserva do São Paulo deixou o torcedor celeste chateado e na bronca. O resultado ruim jogando no Mineirão, neste domingo, pela 26ª rodada, arrancou vaias e xingamentos direcionados ao técnico Fernando Seabra.
Lideranças do elenco celeste reagiram às vaias para o treinador e dividiram o peso das cobranças com o grupo de atletas.
“Sobre as vaias, óbvio que não gosto, fico chateado com isso. Entendo o torcedor, que queria que a gente conseguisse os três pontos. Era um jogo muito importante. Se eu falar que gosto de vaia, principalmente para o treinador, um cara que a gente admira e gosta bastante. Isso não é só para o treinador. As vaias são para todos os jogadores, temos que assumir nossa responsabilidade também”, disse William na zona mista do Mineirão.
Uma das ações de Seabra que irritou o torcedor na partida contra o São Paulo foi a substituição do volante Matheus Henrique. O jogador deixou o gramado para a entrada de Matheus Vital, na reta final do segundo tempo.
“A gente sabe que a crítica vai para o treinador quando o resultado não acontece. A responsabilidade é nossa, ali dentro de campo somos os executores. Eles nos mostram o caminho, e dentro de campo temos que achar as brechas, nas decisões, nas tomadas de decisões com a bola. O treinador não entra em campo”, disse Marlon, que saiu em defesa de Fernando Seabra.
“Não posso dizer que a gente fica feliz quando vê a torcida insatisfeita com o treinador. Por ele ser o comandante do time, nós também chamamos a responsabilidade. A gente não conseguiu desempenhar o que ele nos pediu, por isso que o São Paulo veio aqui e venceu. Você tem que ter autocrítica, tem que analisar”, completou.
Lucas Romero, um dos jogadores mais respeitados no vestiário celeste, foi outro que saiu em defesa do treinador e chamou a responsabilidade para o grupo de atletas.
“O certo é que a vence junto e perde junto. A vaia não pode ser individualizada. Se tem que cobrar, tem que cobrar do time todo. O Fernando Seabra monta o time, escala o time, escolhe as peças, quem sai e quem entra, mas quem resolve dentro do campo somos nós. Por isso tem que ser uma cobrança coletiva. Não estou de acordo com a cobrança individualizada. O treinador é um grande profissional, trabalha muito, dá muita ferramenta para nós. Quem resolve somos nós”, completou.