O Cori (Conselho de Orientação), um dos órgãos fiscalizadores do
Em votação interna realizada com membros do Cori, a reprovação venceu por 16 a 1. O Conselho Fiscal na última semana também havia desaprovado as contas do clube da temporada passada, de forma unânime (3 a 0).
Também nesta noite de segunda-feira, após o parecer do Cori e do CF, o Conselho Deliberativo votará as contas do clube. Se o CD reprovar os números do mandato de Augusto, o presidente poderá responder por um novo processo de impeachment.
Aumento do passivo
Segundo parecer do Cori, a gestão de Augusto Melo aumentou em R$ 829 milhões o passivo total clube, que inclui obrigações financeiras com terceiros, como fornecedores, bancos, governo e funcionários. O órgão classificou o mandato atual como temerário.
De acordo com o documento enviado pela diretoria ao Conselho Deliberativo, a dívida do Corinthians se encontra na casa dos 2,568 bilhões, com aumento de 30% em relação ao ano de 2023, o último da gestão de Duilio Monteiro Alves.
Ainda segundo o documento, Timão fechou 2024 com déficit de R$ 181,7 milhões e uma arrecadação recorde de R$ 1,115 bilhão.
Da dívida total, R$ 1,8 bilhão seria do clube e mais R$ 668 milhões do financiamento da Neo Química Arena. Ao final de 2023, no último ano da gestão de Duilio Monteiro Alves, o débito completo do Timão era de R$ 1,9 bilhão.
O presidente Augusto Melo alega que R$ 191 milhões do valor do total da dívida apresentada foi herdada de gestões anteriores. A diretoria atual pediu a reabertura das contas de 2023, o que foi negado por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo.
Ausência do contrato de Memphis Depay
Um dos tópicos abordados pelo Cori foi a falta de apresentação do contrato do atacante Memphis Depay. O órgão entende que não teve condição de opinar sobre os valores envolvidos no acordo firmado entre a atual diretoria e o jogador.
Gastos com cartão corporativo
O Cori aponta, também, que não teve acesso à apresentação das faturas do cartão corporativo do clube, que somaram mais de R$ 2,8 milhões até junho de 2024 e posteriormente R$ 4,8 milhões, com divergências não discriminadas até os dias atuais.
Ausência de divulgação dos balanços trimestrais
O Cori alega que a falta de apresentação dos balancetes mensais dificultou a análise da evolução dos números. O órgão reforçou que não demonstrar os números da gestão de forma regular infringe o estatuto do clube.