O Corinthians ficou apenas no empate com o América na noite deste domingo (22), na Neo Química Arena, em São Paulo. O técnico Mano Menezes falou sobre o “medo” do rebaixamento, analisou o potencial do Timão para subir na classificação e projetou a parte final do campeonato.
“Penso que a gente tem potencial para entregar mais e melhor em um curto espaço de tempo. Ao conseguir fazer isso, pontuando em todas as rodadas, não estaremos na condição que o torcedor teme”, analisou o treinador em entrevista coletiva na Neo Química Arena.
O Corinthians tem 33 pontos, na 15º colocação do Campeonato Brasileiro. São dez jogos até o final do torneio e três pontos acima do Z4, a zona de rebaixamento.
“Imagino uma reta final de jogos muito parelhos, com raras exceções como teve hoje um de placar mais elástico (Inter 7x1 Santos). Temos que nos preparar para isso. Mas também penso como o torcedor, também saio frustrado porque colocamos como objetivo os três pontos. Quando você não consegue, precisa fazer no jogo seguinte, que é difícil pelo calor e pelo time que temos que enfrentar. Temos que recuperar os pontos que deixamos aqui nos jogos que vêm pela frente”, projetou Mano.
O treinador volta a viver situação de ameaça de rebaixamento como passou pelo Cruzeiro em 2019, após títulos conquistados pela Raposa.
“A vida de técnico é essa mesmo. Já passei situações semelhantes em outros lugares, no Cruzeiro estive muito próximo da zona de rebaixamento e em outras “enfurnado” em 19º. É como surfar ondas muito altas. Tem que passar tranquilidade aos jogadores para não deixar que a situação interfira dentro de campo”, lamentou o treinador.
Motivos do empate contra o América
Contra o América, o Corinthians não conseguiu “empurrar” o adversário e criar chances reais que não na pressão inicial de cinco minutos e a mesma situação nos acréscimos, quando Giuliano empatou.
“Apesar de serem jogos completamente diferentes, a gente coloca tudo na mesma caixa de análise. No jogo contra o Fluminense encontramos um time que propôs o jogo, deu mais espaço, 60 metros atrás da defesa, e neste aqui enfrentamos um time que não dava 10 metros, muda o jogo. As dificuldades que tivemos foi por não aproveitar o bom início, quando criamos as primeiras oportunidades. Depois nos desorganizamos taticamente como equipe. Na ânsia de querer fazer o gol, nos projetamos com jogadores que não eram para se projetar. Tomamos cinco contra-ataques e, em um deles, o gol”, analisou o técnico.
O Corinthians correu riscos de ter o gol vazado em mais oportunidades antes de chegar ao empate nos acréscimos. O América chegava no gol de Cássio com contra-ataques.
“Criamos dificuldades a mais em um jogo que já seria difícil. Apesar de ser o lanterna, o América tem feito jogos bem jogados, sabemos porque fizemos a análise. Aí, depois do gol, já não era mais uma linha de cinco deles, era de seis, e realmente tivemos dificuldades. Tivemos que encontrar outras maneiras, com dois atacantes enfiados lá dentro, o que não é a característica do Yuri Alberto. Martelamos, encontramos esse gol no final para amenizar o resultado, mas a gente não ameniza a atuação, que foi abaixo da esperada”, finalizou.