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Casagrande se declara a Palhinha e relembra Sócrates e admiração no Corinthians

Casagrande estava nas categorias de base do Timão quando Palhinha e Sócrates jogaram pelo Corinthians

Palhinha é considerado ídolo no Corinthians, segundo clube que defendeu na carreira

O ex-jogador Walter Casagrande Júnior lamentou a morte de Palhinha e, em texto publicado nessa segunda-feira (17), no Portal Uol, revelou a admiração que tem pelo ex-atacante. O colunista relembrou os tempos de Corinthians e também a amizade com o ex-meia Sócrates.

Revelado pelo Cruzeiro, Palhinha foi vendido ao Corinthians em 1977 por US$ 1 milhão. À época, aquela foi a maior transação do futebol brasileiro. No Timão, ele conquistou os Campeonatos Paulistas de 1977 e 1979. Nesse segundo estadual, o atacante jogou ao lado de Sócrates. Os dois foram vistos de perto por Casagrande, que estava nas categorias de base e se profissionalizou em 1979.

“Em 1977, assisti a vários jogos daquela campanha, principalmente nos clássicos, porque ele (Palhinha) virou o grande ídolo da torcida. Vestindo a camisa 10, o Palhinha colocou uma grande expectativa em todos. À época, eu já jogava na categoria dente de leite do Corinthians”, escreveu Casagrande.

“Em 1978, ficou maravilhoso porque o Vicente Matheus (presidente), em mais um golpe de mestre, trouxe o Magrão (Sócrates), que estava no Botafogo de Ribeirão Preto. Os dois formaram uma das grandes duplas do futebol brasileiro, que ficou conhecida como Sócrates & Palhinha”, completou.

Casagrande também relembrou uma passagem quando enfrentou Palhinha em um jogo entre Caldense e Atlético. O comentarista relatou que foi ao vestiário atleticano e teve um bom reencontro com o ídolo.

“Em 1981, fui jogar na Caldense, enquanto o Palhinha e o Vaguinho foram para o Atlético. Certo dia, quando iríamos nos enfrentar, fui ao vestiário do estádio Mineirão para falar com eles. Me lembro como se fosse hoje. O Palhinha olhou para o Vaguinho e falou: ‘Melão (apelido do Vaguinho), olha o garoto aí’”, iniciou.

“Naquele momento do Campeonato Mineiro, eu era o artilheiro e eles me elogiaram, deram os parabéns e perguntaram como eu estava. Fui recebido com muito carinho. Fiquei super feliz por eles terem me dado atenção naquela conversa antes da partida”, também escreveu Casagrande.

“Jamais esquecerei o gol de rosto (nariz) que o Palhinha fez contra a Ponte Preta, no primeiro jogo da final do Paulistão de 1977, dando a vitória ao Corinthians por 1 a 0. Obrigado meu ídolo, beijos. PS: Palhinha, mande um grande beijo ao Magrão (Sócrates) por mim”, completou Casão.

Palhinha

Palhinha morreu nessa segunda em Belo Horizonte, cidade onde nasceu, aos 73 anos, por conta de uma infecção. Ele foi velado na manhã desta terça-feira (18), também na capital mineira.

O ex-atacante começou como profissional no Cruzeiro, em 1968, onde se tornou ídolo. Palhinha permaneceu no clube até 1977 e conquistou uma Copa Libertadores (1976) e sete Campeonatos Mineiros (1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984).

Ele também defendeu Corinthians, onde venceu dois Campeonatos Paulistas (1977 e 1979) e marcou época. Pelo Atlético, o atacante conquistou um Campeonato Mineiro (1980). Palhinha jogou ainda por Santos e Vasco da Gama, onde também levantou o troféu de campeão estadual, em 1982. O encerramento da carreira foi no América em 1985.

Um dos destaques do futebol brasileiro nos anos 1970, Palhinha vestiu a camisa da Seleção Brasileira. Ele disputou 16 jogos, entre 1973 e 1979, e fez seis gols.

Palhinha também foi técnico entre 1985 e 1995 e treinou: América, Atlético, Rio Branco, Corinthians, União São João, Ferroviário-CE, Inter de Limeira, Cruzeiro e Villa Nova.

Matheus Muratori é jornalista multimídia com experiência em muitas editorias, mas ama a área esportiva. Faz cobertura de futebol, basquete, vôlei, esportes americanos, olímpicos e e-sports. Tem experiência em jornal impresso, portais de notícias, blogs, redes sociais, vídeos e podcasts.