O Ministério Público de Goiás (MPGO) cumpriu, na manhã desta terça-feira (18), mandado de busca e apreensão na casa zagueiro Vitor Ramos. O atleta, atualmente na Chapecoense, teve o celular apreendido e foi conduzido para depoimento.
A ação faz parte da Operação Penalidade Máxima, que investiga manipulação de resultados no futebol brasileiro. Além da ação em Chapecó, mandados de prisão preventiva e mandados de busca e foram cumpridos por todo todo o Brasil.
Ao portal NDMais, que divulgou inicialmente a operação, o agente de Victor Ramos, Lucas Reis, afirmou que seu cliente “nunca teve participação apostas esportivas e manipulação de resultados”.
O mandado faz parte da
Victor Ramos
O jogador, de 33 anos, acumula passagens por Palmeiras, Vitória, Vasco e Goiás. Em 2023, ele disputou o Campeonato Paulista pela Portuguesa e retornou à Chapecoense para disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.
O clube emitiu comunicado oficial em seu site. Nele, a agremiação disse ser a favor da investigação e afirma “confiança na integridade profissional do atleta”, diz parte do comunicado.
“Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso”, finaliza.
A operação chefiada pelo MPGO teve início em fevereiro. O órgão investiga manipulação de resultado em três jogos da Série B da 2022. Na primeira fase da operação, nove mandados foram cumpridos em Goiânia, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro.
As partidas investigadas inicialmente foram: Criciúma 2 x 0 Tombense, Vila Nova 0 x 0 Sport e Sampaio Corrêa 2 x 1 Londrina.
Os apostadores teriam oferecido cerca de R$ 150 mil para que jogadores cometessem pênalti no primeiro tempo da partida. Só no jogo entre Vila Nova e Sport que a penalidade máxima não aconteceu.
A ação teve início após o Vila Nova-GO acionar as autoridades ao saber que o jogador Romário estaria envolvido no esquema de manipulação. O MP investiga crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção no esporte.