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Capitão do Ceará completará 300 jogos no clube, mas não sabe se fica em 2024

Zagueiro Luiz Otávio tem contrato só até o fim do ano e crise deve fazer com que boa parte do elenco não permaneça

Luiz Otávio, em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira

Luiz Otávio deve alcançar no próximo sábado (14), contra o Sampaio Corrêa, na Arena Castelão, a expressiva marca de 300 jogos pelo Ceará. O jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B terá inicio às 18h30 (de Brasília).

O feito já poderia ter sido alcançado na sexta passada, contra o CRB, derrota por 2 a 0 em Maceió, mas um desconforto muscular o fez nem viajar. O problema, agora, é que esse número pode não aumentar muito, após ser alcançado. Faltam sete jogos para acabar a temporada, e o contrato do zagueiro de 35 anos, capitão do time, acaba em 31 de dezembro de 2023.

“Eu não consigo te dizer se continuo. Isso tem que ser conversado ao final da temporada. Deixo para o meu empresário. O desejo do Luiz Otávio é continuar fazendo história no Ceará", disse o jogador em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (11). Ele chegou ao clube em 2017, por empréstimo, e foi contratado em definitivo em 2018.

O Ceará fracassou na Série B, e não conseguirá o acesso. O time está na 11ª colocação, com 42 pontos, a 12 do G4, grupo de quatro times que subirá para a elite em 2024. O plano é terminar o ano com melhora de desempenho, mas é certo que haverá muitas mudanças no elenco para o ano que vem, e a não renovação de Luiz Otávio pode ser uma delas.

O presidente do Ceará, João Paulo Silva, demitiu nas últimas semanas todo o comando do futebol do clube. Diretores de outras áreas também entregaram os cargos. Com contrato até o fim de 2024, o técnico Vagner Mancini deve permanecer no ano que vem, e ganhou carta branca do presidente para, já neste momento, dispensar atletas que entender que não estão mais nos planos.

Esse não será o caso de Luiz Otávio, claro. Mas a relação do treinador, o quarto do Ceará na temporada, e que assumiu no fim de agosto, com parte do elenco não é boa. Alguns atletas, como o goleiro Cristian e o zagueiro Sidnei, já foram liberados. O clube tentou devolver o volante Wilian Maranhão ao Santos, mas os paulistas não quiseram, e ele treina separado no centro de treinamento.

“Pergunte a algum treinador, jogador ou alguém do clube se tive qualquer problema. Podem questionar se joguei bem ou mal, mas me apontar como culpado por criar panelinha para afundar ao Ceará, isso é ridículo”, disse Luiz Otávio.

Uma reportagem do Ge.com nesta semana contou que parte do elenco estaria insatisfeita com Mancini por entender que ele expões os atletas nas entrevistas, os culpando. Em nota, o elenco do Ceará negou. Mas é inegável o clima pesado neste momento no CT de Porangabuçu.

“Se você está em um lugar que você não respeita, não é nem pra está aqui, nem é pra vestir a camisa. Quem achar que não deu, que não vai conseguir, vai para casa, pede férias, o presidente libera, o Mancini também”, disse Luiz Otávio.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.