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O caminho para a Glória Eterna: como o Botafogo reconstruiu elenco para conquistar a América

Após a frustrante reta final de temporada de 2023, o Glorioso reformulou o departamento de futebol e contou com a liderança de Artur Jorge para chegar ao título da Libertadores

De um cenário de terra arrasada ao fim de 2023, com a perda do título do Brasileirão que parecia certo, o Botafogo reconstruiu seu elenco e, um ano depois, alcançou a Glória Eterna neste sábado (30), ao vencer o Atlético por 3 a 1 e conquistar a Libertadores da América. Abaixo, a Itatiaia conta como foi o processo vivido pelo clube carioca.

Em relação à última temporada, foram mais de 15 saídas do elenco e, por outro lado, mais de 15 contratações feitas pelo Botafogo. O investimento foi o maior da história do clube, e proporcionou um salto de qualidade com a chegada de nomes como Luiz Henrique, Almada, Alex Telles, Savarino e Igor Jesus, todos jogadores “de seleção”.

Para comandar o novo grupo, a aposta de John Textor em Artur Jorge mostrou ter sido acertada. O português - por quem o proprietário da SAF bancou a espera de quase dois meses com Fábio Matias como interino - foi convicto e capaz de colocar em prática o futebol ofensivo desejado e responsável por “virar a página” de 2023.

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As muitas saídas do elenco

Sem fazer alarde, a diretoria do Botafogo iniciou a reformulação do elenco na virada de 2023 para 2024. Em términos de contratos ou empréstimos, mais de 10 jogadores deixaram o clube, sendo alguns deles com status de titular ao longo da temporada, como Di Plácido e Luis Henrique, e outros nomes com espaço, como Gabriel Pires, Lucas Fernandes e Diego Costa.

O departamento de futebol também realizou as vendas de Perri e Adryelson, para o Lyon-FRA, e de atletas que ficaram sem clima no clube, como Cuesta, ao Bahia, e Victor Sá, ao Krasnodar-RUS.

As primeiras contratações

Ao mesmo tempo, o Glorioso foi ao mercado e contratou peças que tornaram-se fundamentais na atual temporada. Ainda no primeiro trimestre, John, Barboza, Savarino, Luiz Henrique e Gregore - titulares absolutos de Artur Jorge - e Jeffinho, Halter e Romero chegaram ao clube. Destes reforços, o único cujo investimento foi acima dos R$ 15 milhões foi o atacante Luiz Henrique.

A liderança de Artur Jorge

Mesmo assim, o início de temporada não foi positivo. O clube insistiu na permanência de Tiago Nunes - a aposta final para uma recuperação nas últimas rodadas do Brasileirão - até 22 de fevereiro. Com escolhas, desempenho e resultados ruins, o treinador foi substituído interinamente por Fábio Matias.

Neste momento, John Textor centralizou a busca pelo novo treinador. A escolha foi por Artur Jorge, mas a situação contratual do português, que estava no Braga-POR, fez a negociação se estender até o início de abril. Quando Artur Jorge assumiu, a equipe já havia iniciado a fase de grupos da Libertadores com derrota. Em sua estreia, mais um revés na chave.

A liderança do treinador tornou-se o ponto de equilíbrio do Botafogo a partir desse momento. Convicto na construção de um time ofensivo, Artur Jorge manteve suas ideias, construiu boa relação com o grupo de jogadores e foi peça fundamental para que o clube, enfim, “virasse a página” em relação a 2023, apesar das desconfianças externas.

A segunda janela decisiva

Com os resultados sob comando de Artur Jorge, o Botafogo resolveu investir alto na segunda janela de transferências, em julho, vislumbrando a possibilidade de brigar por títulos.

Além do trabalho do departamento de Scout - que conseguiu as contratações de Igor Jesus e Alex Telles, livres no mercado -, o Botafogo investiu alto nas chegadas de Almada e Vitinho.

Os quatro assumiram rapidamente a titularidade e o Glorioso, sob comando de Artur Jorge, encontrou sua melhor versão em 2024. Um sistema defensivo sólido, com destaque para o crescimento dos zagueiros, e um ataque veloz, móvel e letal, com Savarino, Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus. Neste time, apenas dois remanescentes de 2023: Bastos e o capitão Marlon Freitas.


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Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.
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