Ao apresentar Bruno Lage como novo técnico do Botafogo, John Textor precisou responder sobre a saída de Luís Castro, que aceitou a oferta para dirigir o Al Nassr, da Arábia Saudita. Admitindo que o português era mais do que um treinador do clube, o investidor americano teve duas percepções sobre a situação, uma como proprietário da SAF alvinegra, outra como parceiro do ex-comandante alvinegro.
“Todos sabem que não tratava Castro como um treinador. Éramos parceiros, nos comunicávamos, até nos momentos difíceis, como amigos. Quando soube do interesse árabe, tive um entendimento maior, pois já vi isso acontecer nos esportes do todo mundo”, afirmou John Textor, que tem participação em outros clubes como Lyon, da França, Crystal Palace, da Inglaterra, e Molenbeek, da Bélgica.
“Como dono, eu pensei: Como você pode nos deixar agora, no topo da tabela? Como amigo, eu disse que entenderia que ele saísse, aos 61 anos, com o dinheiro oferecido”, explicou o investidor americano.
“Se Cristiano Ronaldo me ligasse: ‘Venha me encontrar em Ryad’, eu, provavelmente também iria”, afirmou.
Por fim, John Textor reforçou que a mudança no comando técnico também é uma oportunidade de melhora. Como exemplo, o americano citou a utilização de Carlos Alberto desde a chegada de Cláudio Caçapa, auxiliar-técnico do Lyon que assumiu de forma interina o Botafogo após a saída de Castro.
"É uma oportunidade de melhorarmos. O Caçapa que viu o Carlos Alberto nos treinos e disse: por que ele não está jogando? A mudança faz parte. O Castro precisava ir e agora temos um novo treinador”, disse.
Ainda com Cláudio Caçapa no comando, o Botafogo entra em campo nesta quarta (12), às 19h (de Brasília), contra o Patronato-ARG, pelos playoffs da Copa Sul-Americana. O primeiro contato de Bruno Lage com os jogadores será na quinta-feira, no CT Lonier. A estreia do novo treinador ainda depende de sua regularização. De todo modo, Lage estará no Nilton Santos no sábado (15), contra o Bragantino.