Renato Paiva ainda não deslanchou como técnico do Bahia. Nome escolhido pelo Grupo City comandar a equipe na temporada 2023, o treinador português é alvo de frequentes questionamentos por parte da torcida e da imprensa, com quem mantém relação conturbada.
Mesmo após voltar a vencer, encerrando um jejum de oito jogos, neste domingo (6), com o triunfo diante do América, o treinador do Esquadrão não foi poupado. E, questionado sobre a informação que correu acerca de uma possível contratação do técnico Rogério Ceni para substituí-lo, não reagiu bem.
“Primeiro, as únicas notícias que tenho, é meu assessor de imprensa que me manda. Não estou nas redes sociais, não vou à internet, tento não assistir a programas de televisão. Portanto, o que eu faço é focar no meu trabalho com os meus jogadores. Não se se alguém vai me perguntar da reação dos jogadores no meu segundo gol? Não? É normal, quando os jogadores vêm todos festejar comigo, ninguém vem me perguntar porque é pelo negativo. Os jogadores foram me abraçar”, começou por responder, sem deixar de atingir à imprensa.
“Mas é melhor dizer que vem o Ceni, o [Sebastián] Beccacece [técnico argentino, outro especulado], que o Paiva castigou o Vitor Hugo. Esta semana disseram tanta mentira. Uma de duas: ou me contamino com isso e peço para ir embora, ou sigo a trabalhar firme e forte. Não temos ganho, de fato, não temos feito exibições ao nível do que se queria, mas temos uma ideia de jogo. O Bahia tem uma ideia de jogo muito clara. Às vezes não conseguem colocar em prática, porque existem os adversários”, explicou.
Com o triunfo diante do América, o Bahia ultrapassou o Santos e deixou a zona de rebaixamento após duas rodadas nela, subindo para a 16ª posição, com 18 pontos. Com o resultado positivo, agora a chave virou no Esquadrão, que já não perde há três rodadas. Paiva relembrou o empate no jogo anterior.
“Jogar no Morumbi contra o São Paulo, não é fácil, mas há gente que quer massacrar o São Paulo lá. Paciência, não consigo entender essas análises, a não ser constantes ataques aos treinadores que aqui sentam. Todos os outros treinadores que aqui treinaram foram sempre alvo de ataques. É uma pena, sabe por quê? Nacionalmente já recebi muitos elogios: SporTV, ESPN... Mas aqui, ao invés de defender, me atacam. É uma pena”, pontuou.
O Bahia volta a jogar no próximo domingo (13), quando visitará o Atlético, em Belo Horizonte.