O Bahia nunca investiu tanto na sua história na contratação de atletas como nesta temporada. No primeiro semestre do ano chegaram ao clube Cháves (R$ 18 milhões), Cauly (R$ 13,8 milhões) e Ademir (R$ 13 milhões). Mas nenhum desses reforços do Tricolor baiano, agora com o futebol sob a administração do Grupo City, tem uma carreira tão sólida e um nome tão forte como o do último contratado, o lateral Gilberto, que estava no Benfica.
Estima-se que o Esquadrão tenha pago aproximadamente R$ 15 milhões ao Benfica pela aquisição do atleta de 30 anos. Com esse valor, o City já ultrapassou dos mais de R$ 100 milhões gastos com reforços apenas nesta temporada.
O caso de Gilberto, no entanto, é diferente dos jogadores contratados até agora. Com um perfil mais consolidado, após três temporadas em Portugal, o atleta revelado pelo Botafogo chega a Salvador para suprir uma das posições mais carentes do elenco do Bahia. Ele assinou contrato até o final de 2026.
“Gilberto saiu do país como um dos principais jogadores da Série A e seguiu demonstrando isso num grande da Europa, disputando Champions League e conquistando títulos. Agora, mesmo procurado por muitos clubes do Brasil, sempre colocou como prioridade o Bahia”, comemorou Cadu Santoro, diretor de futebol do clube baiano.
A carreira de Gilberto
Aos 20 anos, após duas temporadas pelo Botafogo, Gilberto foi emprestado para o Internacional, em 2014. No Colorado, foi titular com o técnico Abel Braga até sofrer uma lesão. Acabou reassumindo a posição na reta final da Série A e ajudou a equipe gaúcha a terminar na 3ª posição na Série A daquele ano, com vaga para a Libertadores.
Ao fim do empréstimo, o Botafogo requisitou o retorno do lateral. Após mais 27 jogos com a camisa alvinegra, acabou vendido para o Fiorentina, da Itália, por 1 milhão de euros (na época, cerca de R$ 3,4 milhões). Na Viola estreou com vitória diante do gigante Milan (2 a 0), mas acabou sendo pouco aproveitado.
Foi emprestado ainda para o Verona e o Latina, ambos na Itália, antes de voltar ao Brasil emprestado pela Fiorentina ao Vasco da Gama. Na equipe carioca começou como titular, mas perdeu a posição após uma lesão na coxa esquerda perdeu a posição e terminou a temporada em baixa.
No ano seguinte, chegou ao Fluminense para uma sequência de três temporadas em que dominou a lateral direita da equipe. Ao fim de 2019, o Tricolor adquiriu 50% dos direitos econômicos do atleta por 80 mil euros (à altura, cerca de R$ 360 mil). Opção de compra fixada no empréstimo era de 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 15,7 milhões).
Em 2020, após mais de 100 jogos pelo Flu, despertou o interesse do Benfica. Foi vendido por cerca de 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 19 milhões) por metade dos direitos econômicos. Indicado pelo técnico Jorge Jesus foi titular nas duas primeiras temporadas.
Na Luz, somou 106 jogos, com oito gols e sete assistências. Nesta temporada, o atleta perdeu a titularidade com a chegada do técnico alemão Roger Schmidt, mas ainda assim realizou 35 partidas, entre jogos das competições nacionais de Portugal e da Champions League.
