De volta à Série A do Campeonato Brasileiro nesta temporada, a equipe feminina do Bahia vive dias de expectativa, desde a concretização da chegada do Grupo City ao clube. Entretanto, até aqui, na prática, pouca coisa mudou para as Mulheres de Aço. Questionado nesta quinta-feira (3), durante a cerimônia de oficialização de parceria com o Esquadrão, sobre os anseios do Grupo relativos ao futebol de mulheres, o CEO Ferran Soriano destacou que espera equivalência entre os futebóis.
Apesar de, na ideia, o diretor do City transparecer o desejo de fazer o masculino e o feminino equivalentes, as palavras do próprio Soriano deixaram transparecer que a questão orçamentária seguirá sendo um entrave no investimento para a equipe feminina. Foi a primeira vez que o CEO falou abertamente sobre os planos para as Mulheres de Aço.
“A primeira coisa a dizer é que as dificuldades e os desafios do futebol feminino não são só do futebol brasileiro, mas no mundo inteiro. O futebol feminino está crescendo com algumas oportunidades fantásticas na Europa, na Inglaterra, na Espanha e na França. Mas ainda é deficitário. Os clubes perdem dinheiro, então não é fácil”, começou por dizer o dirigente.
“A nossa perspectiva do grupo está na expressão: ‘same city, same passion’, ‘mesma cidade, mesma passão’. Não é futebol masculino ou feminino, é futebol. O nosso objetivo é tratar o futebol feminino do mesmo jeito, com as diferenças que têm menos orçamento e menos dinheiro, é natural. Mas a intenção é essa”, acrescentou.
Ferran Soriano afirmou que chegou a ter um primeiro contato com as Mulheres de Aço na quarta-feira (3) passada e que garantiu a elas que contassem “com o nosso esforço para, dentro do orçamento, fazer tudo melhor para o futebol feminino ser considerado igual ao masculino. É esse o nosso compromisso”.
Atualmente, a equipe do Bahia ocupa a nona colocação da Série A, com 13 pontos conquistados. As Mulheres de Aço voltam a jogar no próximo domingo (7), no estádio Pituaçu, quando irão receber o Real Ariquemes.