A ansiedade pela estreia da Arena MRV tem tomado conta dos torcedores do Atlético em Belo Horizonte. O Galo fará o primeiro jogo no estádio às 16h (de Brasília) deste domingo (25), contra o Santos, pela 21ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Em meio à enorme expectativa, a Itatiaia procurou ídolos do clube para saber quais os maiores sonhos para a nova casa e se sentirão falta do Mineirão.
Marcantes em diferentes épocas da história do Atlético, o ex-goleiro Victor (2012-2021); o ex-meio-campista Marcelo Oliveira (1972-1984); o ex-atacante Marques (1997-2002, 2005-2006 e 2008-2010); e o ex-goleiro João Leite (1976-1988 e 1991–1992) falaram com a reportagem. Todos os quatro estiveram presentes no jogo ‘Lendas do Galo’, evento que reuniu ídolos do clube para jogarem na Arena MRV durante o mês de julho.
Mineirão deixará saudades?
Victor
“Sem dúvida, a saudade que vai ficar do Mineirão são as conquistas que tivemos, os grandes jogos. A Copa Libertadores de 2013 e a Copa do Brasil de 2014. São momentos especiais. Agora, recentemente, a conquista do Brasileirão de 2021. São grandes memórias, grandes títulos. Isso, com uma festa incrível. A presença da ‘Massa’ era marcante nestes grandes jogos”.
Marcelo Oliveira
“O Mineirão é um palco mágico, que foi de fundamental importância para todos nós e para os clubes de Minas Gerais. Eu vivi muita coisa boa no Mineirão. Foram muitas conquistas. Se tiver que escolher uma, vou com o título de 1976. Ganhamos os dois jogos. Jogamos bem. Eu fiz gols nos dois jogos. Fui considerado o melhor jogador daquela final. Mas fico em dúvida, porque joguei com a camisa da Seleção Brasileira em 1977, em um amistoso contra a Iugoslávia, no Mineirão. Estava lotado. Foram esses dois momentos, mas talvez ficou o título de 1976, porque era uma geração nova”.
Marques
“O Mineirão foi o estádio em que fiz a estreia com a camisa do Atlético e onde fiz meu último gol, minha última apresentação com a camisa do Galo. Uma final de Campeonato Mineiro contra o Ipatinga. Entrou faltando alguns minutos e faço o segundo gol da vitória. Tiro a camisa e coloco no pau da bandeirinha, celebrando com a torcida. Todas as celebrações com a torcida geram muita saudade. Assim como tantos clássicos disputados. Nas vitórias, fazendo gols e comemorando com a torcida, que é a razão de ser deste clube. Vai deixar saudade”.
João Leite
“O momento mais marcante foi a final de 1977. Galo invicto, com dez pontos de vantagem do São Paulo. O artilheiro do Campeonato Brasileiro era o Reinaldo. Mas fomos vice-campeões invictos”.
Sonhos para a Arena MRV
Victor
“Um sonho para a Arena MRV seria a conquista de grandes títulos. Poder ver o torcedor atleticano comemorando muitas vitórias, escrevendo uma história linda, (ou melhor) ainda mais linda, dentro do Clube Atlético Mineiro”.
Marcelo Oliveira
“Primeiro, a realização desse projeto, que já vinha de muito tempo na cabeça de torcedores e dirigentes. Como eu estive lá recentemente, no ‘Jogo das Lendas’, posso dizer que ficou um estádio moderno e bonito. O grande sonho, talvez, seja o Atlético ganhar um Brasileiro. Posteriormente, uma Libertadores, com essa torcida intensa, com presença no estádio. Acho que isso vai complementar essa realização. O torcedor espera muito isso. Essas coisas estão caminhando bem com essa nova administração”.
Marques
“A Arena deixou de ser um sonho para se tornar realidade. Quando isso foi comentado lá atrás, vislumbrando a possibilidade de ter um estádio, era um sonho distante. Tenho certeza que muitos não acreditaram, mas hoje é real. Para essa realidade, tenho certeza que serão celebradas inúmeras vitórias, inúmeros títulos, inúmeras festas da torcida na arquibancada. Um sonho que se tornou real”.
João Leite
“Cair na Arena MRV é morrer. E o Galo campeão sempre. Assisti ao primeiro jogo da minha vida no Estádio Presidente Antônio Carlos. Eu tinha cinco anos, e o Galo venceu por 5 a 1 o Bela Vista, de Sete Lagoas, que tinha excursionado pela Europa. Meu pai me levou. Era nossa casa. Como vai ser agora”.
