O Atlético deu um passo importante nesta sexta-feira (30) para ser transformado em Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Em reunião do Conselho Deliberativo na sede do clube, no Bairro Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, um modelo foi apresentado e debatido entre os conselheiros.
A princípio, o plano apresentado pelo colegiado para formação da SAF prevê investimento imediato de R$ 915 milhões por parte de empresários atleticanos. A quantia seria utilizada para quitar dívidas onerosas (bancos, que geram juros, por exemplo).
Patrimônios do Atlético, Vila Olímpica, Sede de Lourdes e Labareda não entrarão na SAF. Arena MRV e Cidade do Galo estarão no pacote. O valuation da SAF do Atlético foi estimado em R$ 2,1 bilhões.
Uma nova reunião será marcada para 20 de julho para votar a SAF do Atlético.
A direção do Galo vê na SAF uma alternativa viável para sanar as dívidas. A ideia debatida é que empresários de Minas Gerais e que torçam para o Atlético componham um grupo para realizar a compra majoritária das ações da atual associação.
Nele, estariam também os investidores atuais, que formam o colegiado. São eles: Rubens Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e Rafael Menin, chamados de 4Rs do Atlético.
O empresário Marcelo Patrus, ligado ao ramo de transportes, também deseja ser um dos acionistas da SAF do Atlético. Há outros dois possíveis interessados em fazer parte do processo.
O primeiro deles um grupo de investidores atleticanos do interior de Minas Gerais. O segundo é o Grupo Super Nosso. O clube abriu conversas com o empresário estadunidense Peter Grieve, mas o negócio não avançou.
Próximos passos
Agora, o Conselho Deliberativo do Atlético precisa marcar uma assembleia para votar o projeto da SAF do Galo. Tudo indica que o encontro será no dia 20 de julho. O clube aderiu em setembro de 2022 à lei para transformação em SAF e, desde então, estuda formas de realizar a mudança.