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Athletico-PR afasta segundo jogador após citação do MP em esquema de aposta

Volante Bryan García teria recebido R$ 35 mil para tomar um cartão amarelo contra o Fluminense

Bryan García foi afastado pelo Athletico-PR nesta quarta-feira

O Athletico-PR informou, na tarde desta quarta-feira (10), que afastou o volante equatoriano Bryan García do elenco. Mais cedo, o clube também comunicou o afastamento preventivo do lateral-esquerdo Pedrinho.

Em meio à investigação das denúncias de esquemas de apostas no futebol brasileiro, por meio da Operação Penalidade Máxima II, Bryan García foi citado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Ele teria faturado R$ 35 mil para receber um amarelo em uma partida contra o Fluminense.

Suposto envolvimento de Pedrinho

De acordo com o documento, Pedrinho teria ganhado R$ 80 mil para receber um cartão amarelo no duelo contra o Cuiabá, na Arena da Baixada, em Curitiba, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida ocorreu em 18 de setembro do ano passado. Metade do valor, inclusive, teria sido adiantada ao atleta antes do jogo.

Aos 48 minutos do segundo tempo, Pedrinho fez uma falta dura na lateral e acabou sendo advertido com o cartão amarelo.

Operação Penalidade Máxima II

A Justiça de Goiás acatou nova denúncia oferecida pelo Ministério Público do estado (MP-GO) no âmbito da Operação Penalidade Máxima II, que investiga a manipulação de resultados no futebol com o envolvimento de jogadores e intermediários. Agora, os 17 citados são réus e têm um prazo de dez dias para responder as acusações. Desses, cinco são atletas profissionais. A decisão é da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais do Estado de Goiás.

  • Eduardo Bauermann (Santos)

  • Victor Ramos (à época na Portuguesa)

  • Igor Carius (à época no Cuiabá)

  • Paulo Miranda (à época no Juventude)

  • Fernando Neto (à época no Operário-PR)

Outros quatro jogadores colaboraram com as investigações e não foram denunciados pelo MP-GO. Onitlasi Moraes Rodrigues Júnior (à época no Juventude), Kevin Lomónaco (Bragantino), Nikolas Santos de Farias (Novo Hamburgo) e Emilton Pedroso Domingues (Inter de Santa Maria) receberam valores e concordaram com a manipulação, mas auxiliaram o órgão público nas investigações.

Em 16 de março, a Justiça do estado de Goiás já havia aceitado a denúncia da primeira fase da mesma operação. Além de acatar a denúncia nesta terça-feira (9), a Justiça manteve a prisão preventiva dos seguintes denunciados: Bruno Lopez de Moura (apontado como chefe do esquema), Thiago Chambó Andrade (aliciador/intermediário) e Romário Hugo dos Santos (ex-jogador e também aliciador).

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Leonardo Garcia Gimenez é repórter multimídia na Itatiaia. Natural de Arcos-MG e criado em Iguatama-MG. Passou também pela Record Minas.