O Athletico-PR informou, no início da tarde desta quarta-feira (10), que afastou, de forma preventiva, o lateral-esquerdo Pedrinho, de 20 anos, do elenco. A decisão ocorreu após o jogador ter sido citado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) na Operação Penalidade Máxima II, que investiga um esquema de apostas esportivas.
Suposto envolvimento de Pedrinho
De acordo com o documento, Pedrinho teria ganhado R$ 80 mil para receber um cartão amarelo no duelo contra o Cuiabá, na Arena da Baixada, em Curitiba, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida ocorreu em 18 de setembro do ano passado. Metade do valor, inclusive, teria sido adiantada ao atleta antes do jogo.
Aos 48 minutos do segundo tempo, Pedrinho fez uma falta dura na lateral e acabou sendo advertido com o cartão amarelo.
Operação Penalidade Máxima II
A Justiça de Goiás acatou nova denúncia oferecida pelo Ministério Público do estado (MP-GO) no âmbito da Operação Penalidade Máxima II, que investiga a manipulação de resultados no futebol com o envolvimento de jogadores e intermediários. Agora, os 17 citados são réus e têm um prazo de dez dias para responder as acusações. Desses, cinco são atletas profissionais. A decisão é da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais do Estado de Goiás.
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Eduardo Bauermann (Santos)
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Victor Ramos (à época na Portuguesa)
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Igor Carius (à época no Cuiabá)
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Paulo Miranda (à época no Juventude)
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Fernando Neto (à época no Operário-PR)
Outros quatro jogadores colaboraram com as investigações e não foram denunciados pelo MP-GO. Onitlasi Moraes Rodrigues Júnior (à época no Juventude), Kevin Lomónaco (Bragantino), Nikolas Santos de Farias (Novo Hamburgo) e Emilton Pedroso Domingues (Inter de Santa Maria) receberam valores e concordaram com a manipulação, mas auxiliaram o órgão público nas investigações.
Em 16 de março, a Justiça do estado de Goiás já havia aceitado a denúncia da primeira fase da mesma operação. Além de acatar a denúncia nesta terça-feira (9), a Justiça manteve a prisão preventiva dos seguintes denunciados: Bruno Lopez de Moura (apontado como chefe do esquema), Thiago Chambó Andrade (aliciador/intermediário) e Romário Hugo dos Santos (ex-jogador e também aliciador).
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