Um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro, Ronaldo Nazário, o Fenômeno,
“Quero dizer para o Ednaldo, muito abertamente, ele não é meu inimigo, não sou inimigo dele. O futebol precisa sim de reformulação, investimento, o futebol brasileiro principalmente. Está parado há muito tempo. Algumas coisas precisam ser feitas e eu me sentia capaz de fazer isso”, disse.
“Espero, do fundo do meu coração, que ele possa fazer, reconhecer que o futebol brasileiro vive um momento ruim e a perspectiva de futuro é pior que o momento atual. Não temos investimento para o futuro, não estamos preparando treinadores, futebol feminino, os jovens. Eu vou continuar ajudando de outra forma, vigilante e disposto”, completou.
Ronaldo, que lançou a pré-candidatura em dezembro de 2024, afirmou ter tentado participar do processo pela necessidade de ajudar o futebol brasileiro. Segundo o ex-jogador, ele conversou com muitos representantes e presidentes de clubes e federação, mas não obteve o apoio necessário para formalizar a candidatura.
A eleição da CBF pede que seja necessário o apoio formal de quatro presidentes de federações e quatro times de Séries A ou B. Ronaldo não conseguiu obter esse apoio.
Postura como oposição
Ronaldo também comentou como vai se portar nos próximos anos. Ednaldo foi reeleito até 2030, e o ex-jogador garante que será oposição, mas ‘dentro dos limites’.
“A minha postura, muitos esperam que eu seja aquela oposição massacrante, oportunista. Eu não vou fazer isso, não é o meu estilo”, pontuou. “Meu compromisso de continuar envolvido no futebol, de querer ajudar, de buscar debates, discussões, estarei à disposição inclusive do Ednaldo para poder me engajar em comissões”, completou.
Apesar de ver os clubes num “bom caminho”, Ronaldo destacou a necessidade do futebol brasileiro evoluir. O ex-jogador também afirmou que o futebol no Brasil não vive um bom momento.
“A gente precisa evoluir, precisa aceitar que o momento não é bom, botar a mão na consciência, fazer autocrítica e buscar soluções. Aqui fica minha inteira disposição para querer ajudar os clubes. Os clubes estão indo numa direção boa, evoluindo. Precisa de um empurrão da CBF para evoluir mais rápido”, destacou.