Internacional e Corinthians reeditam neste sábado (5), no Beira-Rio, em Porto Alegre, uma das finais mais especiais da história do Campeonato Brasileiro. Isso porque em 1976 os dois clubes se enfrentaram no estádio brigando por uma taça que teria um significado muito especial para os dois lados.
O Colorado buscava o bicampeonato brasileiro em sequência, repetindo o feito da academia do Palmeiras, que tinha alcançado essa façanha em 1972 e 1973. No ano anterior, o time gaúcho já tinha levantado a taça batendo o Cruzeiro, também em jogo único, na sua casa, por 1 a 0, com um gol do zagueiro Figueroa.
O Corinthians tentava encerrar um jejum de 21 anos sem levantar uma taça e vivia momento especial, pois nas semifinais, em jogo único disputado no Maracanã, tinha eliminado o Fluminense, fazendo 4 a 1, nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal.
Naquela época, o time das Laranjeiras era chamado de Máquina Tricolor, pelo poderio técnico de uma equipe que tinha como estrela maior o ex-corintiano Rivellino. Mas a grande marca daquele jogo foi mesmo a invasão da Fiel, que dividiu o Maracanã com os tricolores.
Nas semifinais, o Internacional tinha passado pelo Atlético, vencendo por 2 a 1, de virada, no Beira-Rio, uma partida que ficou marcada pelo golaço do volante Falcão, já na reta final do confronto.
No “Almanaque do Corinthians”, Celso Unzelte destaca uma “ressaca” corintiana no Beira-Rio, mas destaca ainda o fato de que aquela campanha foi o ponto de partida para o clube resgatar o respeito dos adversários.
Na decisão, deu a lógica. O Internacional tinha um time muito superior tecnicamente e não correu risco em momento algum. Dario abriu o placar aos 29 minutos do primeiro tempo. Valdomiro decretou o 2 a 0 aos 12 da etapa final.
Diante de 84 mil pessoas, sendo 12 mil delas corintianas, que deixaram São Paulo rumo a Porto Alegre, o Colorado era bicampeão brasileiro em sequência.
