O Conselho da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) se reúne nesta quinta-feira (14) e, entre os assuntos na pauta, está o da possibilidade de tirar a final da Copa Sul-Americana da cidade de Montevidéu. O jogo está marcado para 28 de outubro e terá um brasileiro em campo, Fortaleza ou Corinthians, que se enfrentam na semifinal.
O motivo não está claro, mas a Itatiaia apurou que tem relação com o estádio que receberia o confronto na capital uruguaia. Até agora a confederação não decidiu entre o Centenário, com capacidade para 60 mil lugares, e o Parque Central, que pertence ao Nacional, e onde cabem 40 mil pessoas.
O impasse chegou ao ponto de a cúpula da confederação sul-americana avaliar tirar a partida de Montevidéu, evento que está marcado desde março. Assunção, no Paraguai, onde está a sede da Conmebol, seria a opção viável.
Colocar no Maracanã, no Rio, aproveitando que a final da Copa Libertadores (em 4 de novembro) será lá não foi discutido por questões esportivas, já que um clube brasileiro, Fortaleza ou Corinthians, estará na final contra um argentino, o Defensa Y Justicia, ou um equatoriano, a LDU.
Drama para a final
Há alguns motivos para que o palco da decisão ainda não tenha sido anunciado. Um deles é o calendário do Campeonato Uruguaio, que marca para o final de semana de 28 de outubro “apenas” o maior clássico do país, Nacional x Peñarol, que em condições normais ocorreria no Parque Central, campo do Nacional.
A Conmebol exige que o estádio em que ocorrerá a finalíssima seja exclusivo para seu evento a partir de 15 dias antes do confronto, ou seja, nada de Nacional x Peñarol no Parque Central se esta fosse a arena escolhida para a Copa Sul-Americana.
Mas o principal motivo, apurou a Itatiaia, era o de esperar os semifinalistas serem definidos, para ver o perfil dessas equipes e a capacidade de levar torcedores para Montevidéu.
Por exemplo: se Corinthians e São Paulo estivessem nas semifinais, com chance de se enfrentarem na decisão, dois times de massa, com sede em uma cidade em que é possível ir por estrada a Montevidéu, o ideal seria garantir o jogo no Centenário e seus 60 mil lugares.
Mas o São Paulo caiu para a LDU, e os equatorianos, como seus rivais na semi, o Defensa, não devem levar uma multidão caso estejam na final. Portanto, mesmo se o Corinthians estiver lá, pode ser menos custoso marcar a partida para o Parque Central, que tem capacidade para 40 mil espectadores.
Por outro lado, esses 40 mil espectadores, na prática, se transformam de fato em 20 mil que serão colocados à venda, já que o restante fica para hospitalidade e parceiros da Conmebol. E, apurou a Itatiaia, a CBF avisou a Conmebol que poderia ser pouco caso o Corinthians esteja na final. Haverá mobilização já que o clube não ganha um título de expressão há algum tempo.
O primeiro jogo da semifinal entre Fortaleza e Corinthians será na Neo Química Arena, em São Paulo, em 26 de setembro, e a volta na Arena Castelão, em 3 de outubro, ambos começando às 21h30 (de Brasília). Na outra semi estão Defensa y Justicia e LDU, que eliminaram nas quartas de final, respectivamente, Botafogo e São Paulo.
