Dinorah Santana, ex-esposa e mãe dos filhos de Daniel Alves, preso desde janeiro sob acusação de estupro, revelou estar arrependida por ter defendido o ex-lateral da Seleção Brasileira. Ela contou, ainda, que as falas dela foram ensaiadas com advogados de Daniel.
“A minha expectativa é ficar o mais longe possível do senhor Daniel. Nada que ele faça ou deixe de fazer importa. Ele não existe mais. Cheguei a defendê-lo publicamente e me arrepend muito. Hoje não quero saber de sua existência. Para mim, ele morreu”, disse, em entrevista ao colunista Lucas Pasin, do UOL.
Ela teve um relacionamento com o ex-lateral de 2002 a 2011, com quem teve dois filhos. Dinorah teria se separado de Daniel devido a várias traições por parte dele e entrou na Justiça contra ele por falta de pagamento de pensão dos últimos cinco anos, segundo o colunista.
A ex-esposa do ex-jogador afirmou que se sentiu usada quando veio a público para defendê-lo. “Ajudei por ser o pai dos meus filhos e me arrependo justamente porque ele parece não se importar com isso. Sinto que fui usada, colocada como uma boneca para repetir frases. [...] Os advogados me passaram faas decoradas no aeroporto para falar com os jornais, e eu fiz. Na hora pensei que o certo era defendê-lo. Mas quando eu não fui mais interessante para ele e para os advogados, ele sumiu”, afirmou.
Novo advogado
Às vésperas do julgamento na Espanha, Daniel Alves trocou de advogado de defesa, segundo a TV ‘Antena 3'. O antigo advogado do ex-jogador, Cristóval Martell, chegou a um acordo para não fazer mais parte do caso por considerar que Daniel será condenado.
Cristóbal Martell é um advogado renomado na justiça espanhola e já trabalhou inclusive com Lionel Messi, atuando na defesa do argentino quando acusado de fraude fiscal. O profissional também defendeu o brasileiro Neymar e alguns dirigentes do Barcelona, que foram acusados de crimes fiscais à época da transferência do jogador ao clube espanhol.
Caso Daniel Alves
Daniel Alves é acusado de abusar sexualmente de uma mulher na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da boate, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Daniel foi preso no dia 20 de janeiro. Nos últimos meses, a Justiça espanhola tem negado todos os pedidos do brasileiro para responder ao processo em liberdade, sob a alegação de risco iminente de fuga de Daniel Alves para o Brasil.
