Mineirão com capacidade para 27 mil pessoas? Arena Castelão para 24 mil? Beira-Rio para 27 mil? A CBF precisou ‘encolher’ a capacidade de oito dos dez estádios que colocou no projeto de candidatura para receber a Copa do Mundo Feminina de 2027. Motivo? Atender a demanda de público da competição.
“Para garantir o comparecimento médio esperado para FIFA com base em Copas do Mundo Femininas anteriores propomos ajustes nas capacidades brutas dos estádios por um evento líquido ajustado, de acordo com a fase de evento e da demanda de cada cidade-sede. Isso nos permitirá aumentar ou diminuir capacidades com base no sorteio final e futuros requisitos de venda de ingressos”, escreveu a direção da CBF no documento entregue à Fifa na semana passada.
Apenas o Maracanã, no Rio, que na proposta recebe a abertura, com jogo da Seleção Brasileira pelo Grupo A, e a final e a Neo Química Arena, em São Paulo, palco de uma partida do Brasil na fase de grupos e de uma semifinal manteriam suas capacidades normais durante todo o torneio.
As outras arenas teriam uma capacidade ajustada para menos, podendo aumentar a depender do jogo. Por exemplo: a Arena Fonte Nova, em Salvador, no qual cabem 47.915 pessoas, teria disponível 38.733 assentos disponíveis na maioria dos confrontos, mas carga total para o jogo que receberia do Brasil na fase de grupos.
O projeto da CBF prevê essa capacidade de público bruto para cada arena:
- Mineirão (BH) - 27.653 (capacidade total para 66.658)
- Beira-Rio (Porto Alegre) - 27.754 (49.055)
- Mané Garrincha (Brasília) - 44.099 (69.910)
- Arena Pantanal (Cuiabá) - 26.386 (42.788)
- Arena da Amazônia (Manaus) - 26.948 (42.294)
- Arena Fonte Nova (Salvador) - 38.733 (47.915)
- Arena Pernambuco (Recife) - 22.286 (45.440)
- Arena Castelão (Fortaleza)- 24.254 (57.876)
- Maracanã (Rio) - 72.689 (73.139)
- Neo Química Arena (São Paulo) - 46.156 (47.252)
Menos custos
A Copa do Mundo Feminina de 2023, disputada entre julho e agosto na Austrália e Nova Zelândia, teve jogos também em dez arenas, como o projeto da CBF. Mas havia estádio, como o Hindmarsh, em Adelaide, com capacidade para 13 mil pessoas, que para o Mundial ganhou cinco mil assentos. Em Perth, o Retangular recebia até 18 mil espectadores.
No documento em que apresenta os requisitos necessários para receber a Copa do Mundo Feminina, a Fifa exige capacidades maiores de arenas apenas na abertura, semifinais e final. Na fase de grupos é possível realizar jogos em equipamentos menores, para até 20 mil pessoas.
Uma capacidade menor significa menos custos para a organização, como contratação de seguranças e de funcionários para trabalharem em bares e lojas de presentes. A Fifa entende que o interesse pelo futebol feminino está crescendo, mas que alguns jogos da fase de grupos, principalmente após o aumento do número de participantes a 32 Seleções, ainda geram menores expectativas de público.
O projeto
A CBF sugeriu na proposta enviada que a Copa comece em 24 de junho de 2027, uma quinta-feira, com a abertura no Maracanã, no Rio, em jogo da Seleção Brasileira pelo Grupo A. A final seria em 25 de julho, no mesmo palco, um domingo.
A entidade indicou dez estádios para receber os jogos da Copa, mas
O Brasil disputa a organização da Copa de 2027 com duas candidaturas conjuntas: Estados Unidos/México e Alemanha/Bélgica/Holanda. O vencedor será conhecido em votação dos 211 filiados da Fifa no Congresso de 17 de maio de 2024, na Tailândia.