Ouvindo...

Haverts lamenta derrota e explica protesto da Alemanha antes do jogo com o Japão

Atacante disse que era difícil justificar o revés e que em 10 minutos ‘tudo escorregou muito rápido’

Alemanha protestou contra Fifa e organização do Mundial do Catar

A derrota da Alemanha para o Japão, de virada, por 2 a 1, na Copa do Mundo, nesta quarta-feira (23), gerou explicações dos alemães após o apito final. O atacante Kai Haverts falou à imprensa na zona mista do estádio Internacional Khalifa e tentou justificar o resultado ruim.

“O motivo da derrota é muito difícil de explicar depois de 10 minutos que o jogo acabou... Nós levamos dois gols em 10 minutos, o que obviamente não é bom. Tínhamos o jogo nas mãos e tudo escorregou muito rápido”, comentou.

Favorita, a Alemanhã acabou repetindo o filme da Argentina, que era favoritaça e perdeu na estreia para a Arábia Saudita. Agora, os alemães vão para o tudo ou nada contra a Espanha, que goleou a Costa Rica no primeiro jogo do Grupo E.

“Temos agora que analisar nossos erros e tentar fazer algo melhor no domingo”, disse Haverts.

O ponto alto mesmo da Alemanha foi o protesto antes de a bola rolar em Al Rayyan. Quando do registro da foto oficial da Fifa, os jogadores taparam a boca com a mão, mostrando insatisfação com a Fifa e a organização da Copa do Mundo do Catar.

"É importante para nós que a gente se posicione dessa forma. Conversamos como grupo antes do jogo, nos questionamos sobre o que podíamos fazer e entendemos que isso (protesto) era a coisa certa a fazer”, frisou.

O protesto acontece dias após a Fifa proibir várias seleções de usarem braçadeiras de capitão com as cores do arco-íris, para apoiar o movimento LGBTQIA+. No Catar é proibido qualquer tipo de relação homoafetiva.

“Tentamos sempre ajudar como podemos. A Fifa não torna as coisas fáceis para a gente, mas temos que mostrar o que estamos pensando”, encerrou.

Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.