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Equatorianos gritam por cerveja em jogo de abertura da Copa, no Catar

Bebida foi proibida em estádios do país e só pode ser vendida na Fan Fest, de Doha, pelo preço mais caro da história dos mundiais

Budweiser é a patrocinador oficial da Copa, mas sofre um boicote do país do Mundial

Futebol sem cerveja? Imagina na Copa. É, quem diria que faltaria cerveja na maior disputa entre seleções do planeta. E por causa da proibição do consumo de bebidas alcóolicas nos estádios da Copa do Mundo de 2022, a reclamação aconteceu durante um jogo do Mundial, no Catar.

Enquanto a bola rolava para Catar e Equador, o jogo de abertura da Copa 2022, torcedores equatorianos gritaram: “queremos cerveja”.

A torcida do Equador que estava localizada atrás de um dos gols do estádio Al Bayat, em Al Khor -- que fica 35 km de Doha -- e reclamou da falta de cerveja nos estádios. A organização do Mundial havia permitido em um primeiro momento a venda de bebidas em horários determinados nos jogos, mas decidiu pela proibição poucos dias antes do início da competição.

O jogo tá tranquilo, a seleção tá ganhando com uma certa folga, aí a torcida do Equador aproveita pra soltar aquele que deve ser o canto mais popular nos estádios da Copa do Catar:

“Queremos cerveza, queremos cerveza, queremos cerveza...” pic.twitter.com/zIzPUW7yix

— Copa Além da Copa (@copaalemdacopa) November 20, 2022

Cerveja mesmo, e com muita dificuldade de se comprar, tanto pelas filas quanto pelo preço, somente no espaço da Fan Fest, em Doha, após a quinta oração do dia, por volta das 19h, no horário local.

A empresa responsável pela distribuição de cervejas na Copa, juntamente com a Fifa, foi surpreendida com a proibição da comercialização da bebida e até mesmo mudança dos locais de venda.

A AB-Inbev, patrocinadora oficial de cerveja da Copa do Mundo, paga 75 milhões de dólares (R$ 402.9 milhões) a cada ciclo de quatro anos à Fifa para garantir a exclusividade de venda no Mundial.

Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.