A Justiça de São Paulo condenou o Hospital e Maternidade Brasil, da Rede D’Or, a pagar uma indenização de R$ 200 mil para a atriz Klara Castanho. A atriz afirma que profissionais da unidade de saúde vazaram informações sigilosas sobre ela para a imprensa. As informações são do jornal O Globo.
Em junho de 2022, veio a púbico a informação de que Klara havia sido vítima de um estupro, engravidado e decidido entregar o bebê para adoção. Mesmo contra sua vontade, a atriz foi obrigada a falar sobre o assunto nas redes sociais, após a exposição.
Procurado pela Itatiaia, o Hospital e Maternidade Brasil afirmou que “não comenta decisões da Justiça”. A reportagem também procurou a assessoria de imprensa da atriz, mas não obteve resposta.
Atriz afirma que foi ameaçada por enfermeira
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Em comunicado, o Coren-SP afirmou que “não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes, o que levou ao arquivamento do processo”.
Entenda o caso
Após ver a violência que sofreu repercutir nas redes sociais,
Sobre o bebê, ela optou por entregá-lo à adoção. “Eu não tinha (e não tenho) condições emocionais de dar para essa criança o amor, o cuidado e tudo o que ela merece ter. Entre o momento que eu soube da gravidez e o parto se passaram poucos dias […]Tomei a atitude que eu considero mais digna e humana. Procurei uma advogada, tomei a decisão de fazer uma entrega direta para a adoção”, escreveu.
A atriz fez uma queixa-crime contra o jornalista Leo Dias, a atriz Antonia Fontenelle e a youtuber Adriana Kappaz pelos crimes de difamação, calúnia e injúria.
Atriz lamenta exposição
Em entrevista recente, Klara disse que achou que levaria “para o caixão” a violência sexual que sofreu há dois anos e que foi exposta à época sem seu consentimento.
“Fui obrigada a externalizar de forma muito brutal o que vivi. Achei que poderia levar para o caixão toda aquela dor e, quando fui exposta, me senti extremamente vulnerável. Eu já tinha sido... Eu odeio a palavra, não vou usar, tá? Então, calma, vou reformular... Levei pelo menos um ano para digerir não só o momento fatídico e a consequência física dele, mas a exposição”, conta em entrevista à revista Glamour.
A atriz contou que sentiu que sua “privacidade foi invadida” e, mesmo com a família e equipe profissional e jurídica, ela se viu “desamparada”. “Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto dois dias e dormia um, porque não tivemos tempo de assimilar. Nunca vamos nos acostumar com a ideia do que aconteceu”, declarou.
Algum tempo após o crime, ela registrou boletim de ocorrência contra o agressor e faz questão de destacar isso por ter sido “muito julgada” por pessoas que acham que ela não o denunciou.
“Não o fiz imediatamente, mas denunciei. Confio muito na Justiça. Tenho provas diárias do que é a justiça dos homens e o que é a justiça divina, a qual me apego muito, porque sei que se não fosse pela minha família e pela minha fé, não estaria mais aqui”, comentou.