Duas vizinhas, movidas pelo afeto e cuidado, resolveram fazer uma coleta seletiva no seu bairro. Entre caixas de papelão e garrafas pet, também encontraram muitos livros. E tiveram uma ideia genial: montar uma biblioteca comunitária. Essa é a história da Biblioteca Comunitária Corrente do Bem, de Santa Luzia. Você já conhece esse projeto? Ele foi premiado na edição de 2021 do Prêmio Meu Vizinho Pardini de Gentileza Comunitária. Que tal nos ajudar a encontrar outros projetos inspiradores assim? As inscrições do Prêmio estão prorrogadas até 12/06 e contamos com você para nos ajudar nesta jornada,
Idealizado pelo laboratório Hermes Pardini com o apoio da Rádio Itatiaia, o prêmio reconhece quem tem feito o bem e impactado a vida das pessoas por perto. Pode ser uma iniciativa da vizinha, de um familiar, do dono da padaria - desde que seja baseada em fazer o bem ao próximo, tenha a gentileza em sua essência e conexão com a cidade como premissa. Falando em cidades, as iniciativas podem ser realizadas em Belo Horizonte ou em qualquer uma das 34 cidades que compõem a Região Metropolitana da capital. A inscrição é simples, por meio de um formulário eletrônico no site, onde também estão disponíveis o regulamento e outras informações sobre o prêmio.
Qualquer pessoa pode indicar uma iniciativa realizada por uma pessoa física, grupo de pessoas ou ainda uma organização formalmente estabelecida. Após triagem dos inscritos, uma comissão julgadora, formada por sete representantes da sociedade civil, ficará a cargo de selecionar dez projetos que irão à votação popular para eleger seis vencedores.
A votação será realizada no próprio site da premiação, entre o final de julho e o início de agosto. Os 6 vencedores receberão prêmio em dinheiro (R$ 6 mil, R$ 4 mil e R$ 2 mil para os primeiros, segundos e terceiros lugares, respectivamente, das duas categorias - pessoa física ou jurídica). O resultado será divulgado no dia 10 de agosto.
Além das duas categorias – pessoa física e jurídica - a edição deste ano traz mais uma novidade: a premiação “Inspire-se e Transforme”. Nela, os jurados votarão para eleger três projetos, dentre os selecionados na triagem inicial, para receber uma premiação simbólica extra. Aqui, o critério será, além da gentileza comunitária em sua essência mais genuína, que sejam iniciativas pautadas em modelos replicáveis - ou seja, que podem ser adotadas por outras pessoas em suas regiões e bairros.
Lançado em 2021, o Prêmio Meu Vizinho de Gentileza Comunitária conheceu quase 300 iniciativas de gentileza e cuidado, de 21 cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Mais de 40 mil votos elegeram os seis vencedores da primeira edição. Agora, chegou a hora de conhecer novas ações transformadoras que promovem bem-estar, facilitam ou melhoram a convivência nas comunidades e podem estar ao nosso lado, mas passam despercebidas.
Vencedores em 2021
Conheça os campeões da 1ª edição do Prêmio, que promovem o bem-estar comunitário, a cidadania, a convivência nos espaços públicos, a formação de redes locais, a gentileza urbana, a literatura, a preservação ambiental, a memória e identidade da cidade ou comunidade:
Categorias Pessoas Físicas ou Grupo de Pessoas
1º Lugar: Menino da Praça, de Betim. Uma iniciativa da dona de casa Samara, que transformou um espaço degradado numa praça pública, em Betim, para que o seu filho Leo e a vizinhança pudessem ter um local de lazer.
2º Lugar: Abadá Capoeira Taquaril, do Taquaril, em Belo Horizonte. A capoeira do “mestre Siri” ajuda na construção da cidadania de jovens e adultos da região do Taquaril.
3º Lugar: Pomar BH, de Belo Horizonte. Trabalha a conscientização ambiental e já espalhou quase 3 mil árvores frutíferas pela Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Categorias Organizações Formalmente Estabelecidas
1º Lugar: Associação Itamar, Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. Surgiu para ensinar taekwondo e futebol para crianças e jovens da comunidade. Foi além e realiza diversas boas ações na região, como bibliotecas comunitárias, telecentro com acesso à internet e aulas de informática, horta comunitária implantada em um antigo lixão, empréstimo de cadeiras de roda e muletas, distribuição de cestas básicas, dentre outros.
2º Lugar: Projeto Romper, Morro das Pedras, em Belo Horizonte. Uma iniciativa para beneficiar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, bem como mulheres vítimas de violência e maus tratos na comunidade de Morro das Pedras.
3º Lugar: Biblioteca Comunitária Corrente do Bem, de Santa Luzia. Trabalho que reúne livros que seriam descartados no lixo e ajuda a formar leitores, em Santa Luzia