O porteiro do prédio onde o ator Victor Meyniel foi espancado, em Copacabana, no último sábado (2), foi autuado por omissão de socorro. Imagens circuito de segurança mostram o funcionário sentado e tomando café enquanto o ator era agredido. Essa é a informação divulgada pelo G1 nesta segunda-feira (4).
“Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que ‘uma mulher estava lá fora’, mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas’, contou a delegada a Débora Rodrigues, titular da 12ª DP (Copacabana), ao G1.
Segundo Victor Meyniel, ele conheceu o agressor em uma boate e os dois foram embora juntos para o apartamento do acusado. Eles estariam trocando intimidades quando uma amiga do homem chegou ao local e ele ficou violento.
“Parece que virou uma chave, me botou pra fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu estava sem sapato, porque eu tirei pra ficar no sofá, eu estava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato. Não entendi o porquê desse alvoroço todo, e falei: ‘A gente estava ficando, pelo amor de Deus, qual o problema da gente estar se beijando ali, entendeu?’”, relatou o ator ao portal G1.
Ainda conforme o ator e sua defesa, o homem teve outro acesso de raiva por ter tido sua sexualidade revelada na frente do porteiro. Foi neste momento que ele passou a desferir socos no rosto de Victor, cena filmada pela câmera de segurança do prédio.
Victor contou que ficou caído no chão até que um morador o ajudou a chamar a polícia. Ele acusa o porteiro de não ter prestado socorro, o que também foi flagrado pelas filmagens, que mostram o homem sentado e observando as agressões:
“Eu lembro do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. Eu pedi pra ele parar e ele não parava. E o porteiro estava vendo tudo”.
A mãe do ator, Regina Meyniel, o acompanhou até a 12ª Delegacia de Polícia para registrar um boletim de ocorrência. Ele passou por um exame de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foi atendido em uma UPA. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o agressor foi autuado em flagrante por lesão corporal, injúria, por preconceito e falsidade ideológica. Este último, conforme a defesa de Victor, seria porque o homem se identificou falsamente à delegada como médico da aeronáutica.