A HBO oficializou o cancelamento da série “The Idol”, após apenas uma temporada. Estrelada por Lily-Rose Depp, filha do polêmico Johnny Depp, e pelo cantor Abel Tesfaye, mais conhecido como The Weeknd, a série foi criada pelo responsável por “Euphoria”, Sam Levinson, e era uma grande aposta da produtora.
“‘The Idol’ foi uma das séries mais provocativas da HBO e estamos satisfeitos com a forte resposta do público. Depois de muita reflexão e consideração, a HBO, assim como os criadores e produtores, decidiram não avançar com uma segunda temporada. Somos gratos aos criadores, elenco e equipe técnica por seu trabalho incrível”, informou a HBO em comunicado.
Apesar do tom positivo da nota que informa o cancelamento da produção, a série não foi tão bem recebida pelo público, nem pela crítica especializada. Além da audiência aquém em relação a outras produções como “Sucession” e “The White Lotus”, a avaliação da série no site Rotten Tomatoes é de 19% para os críticos e 41% para a audiência, notas consideradas baixas.
Relembre polêmica envolvendo ‘The Idol’
Descrita como “a história de amor mais sórdida de Hollywood”, The Idol contou a história de Joselyn, uma estrela pop em ascensão interpretada por Lily-Rose Depp. Ela conhece o enigmático Tedros, vivido por Tesfaye, um dono de boate com más intenções, que leva a personagem principal para um submundo de Los Angeles.
Anunciada em 2021, a produção em parceria com a A24 passou algumas mudanças drásticas na direção criativa e enfrentou longos hiatos de filmagem. O “caos generalizado” foi revelado por uma matéria da Rolling Stone, na qual 13 pessoas que trabalharam na produção detalharam que participar das gravações e do processo de criação da série teria sido um “pesadelo”.
A confusão acabou com Amy Seimetz, diretora original do projeto, largando tudo sem dar muita explicação. Substituída por Sam Levinson, membros da produção alegam que o roteiro foi de uma jovem estrela sendo vítima de uma figura predatória da indústria para uma história definida como “fantasia de estupro” e “pornografia de tortura sexual”. Conforme divulgado pel Rolling Stone, The Weeknd teria criticado as “lentes feministas” de Seimetz antes da mudança.
Em nota ao The Wrap, a HBO negou acusações sobre “caos” no set da nova produção. Apesar disso, o atraso de cerca de quatro meses nas gravações teria gerado incômodo entre os superiores da HBO, o que pode ter sido um dos fatores que levaram à não renovação da série.