Uma CPI estadual do Funk no Rio de Janeiro avançava sobre o gênero com a mesma sanha que a polícia perseguia o samba no início do século, quando, em pleno ano 2000, MC Marcinho, que faleceu neste sábado (27), aos 45 anos, vítima de problemas cardíacos, estourou em todo o Brasil com o principal hit de sua carreira.
Na época, ele trabalhava na administração de um hospital e era figurinha carimbada no programa da Xuxa, na Rede Globo. Foi inspirado na apresentadora, que representava a “rainha do funk” da letra, por abrir as portas para outros artistas do gênero, como Claudinho & Buchecha, e em Regina Casé, “a poderosa”, e Verônica Costa, “a glamurosa”, que o músico criou a composição de teor romântico, que embalou bailes em todo o Brasil.
No ano passado, a música voltou aos holofotes ao entrar para a trilha sonora da novela “Vai na Fé", como tema da protagonista Sol, interpretada por Sheron Menezzes. No entanto, uma das inspiradoras da letra acabou envolvida em um episódio pra lá de desagradável, para não dizer criminoso mesmo.
Verônica Costa, mais conhecida como a Mãe Loira do Funk, surgiu para os holofotes da indústria do entretenimento quando, ao lado do marido Rômulo Costa, montou a equipe de som “Furacão 2000” e despontou com o funk “Desce Glamourosa”.
No ano 2000, ela se elegeu vereadora do Rio pelo PL, e obteve cinco mandatos consecutivos, tendo passado por PMDB, PR e DEM. Em 2019, foi condenada a 5 anos de prisão e à perda de seu cargo pelo crime de tortura contra o ex-marido. A pena foi confirmada e aumentada para 10 anos em abril.
