Corpo da atriz Léa Garcia é velado no Theatro Municipal do Rio

Sepultamento da artista vai ocorrer ainda neste sábado (19); ela tinha 90 anos e foi vítima de um infarto

Atriz morreu em Gramado, cidade que visitava para receber um prêmio

Está sendo velado na manhã deste sábado (19), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o corpo da atriz Léa Garcia. A cerimônia de despedida é aberta ao público e a previsão é que, às 13h, o corpo seja levado para o Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul da capital fluminense, onde será sepultado em cerimônia fechada aos amigos e familiares da artista.

Léa Garcia morreu na madrugada da última terça (15), aos 90 anos, vítima de um infarto. A artista estava em Gramado, no Rio Grande do Sul, onde receberia um Troféu Oscarito pelo festival da cidade. Ela chegou a ser encaminhada para o Hospital Arcanjo São Miguel, no centro de Gramado, mas já chegou sem vida a unidade.

A pedido da família da artista, um dos filhos de Léa Garcia, Marcelo Garcia, recebeu o troféu em nome da mãe.

Primeira atriz brasileira a cruzar o tapete vermelho no Festival de Cannes, Léa Garcia foi um ícone na luta por igualdade racial na quebra da barreira de personagens até então destinados a atrizes negras.

Trajetória

A artista começou sua carreira no teatro, em 1952, e participou de mais de 100 produções, incluindo cinema, teatro e televisão. Seus brilhantes papéis lhe renderam diversos prêmios.

Nas novelas, sua carreira ficou marcada em produções como “Selva de Pedra”, “Escrava Isaura”, “Xica da Silva” e “O Clone”.

Nas redes sociais, famosos e amigos de Léa homenagearam a artista. O ator Lázaro Ramos disse que “sua vitalidade, sua força, sua jovialidade e seu talento sempre foram inspiradores” e que poder trabalhar com Léa Garcia foi um sonho alimentado por anos.

Já a atriz Zezé Motta disse que sua “última referência viva se foi”.

Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também lamentou a morte de Léa:

“Lea Garcia foi uma grande atriz e uma pioneira no enfrentamento do racismo e na abertura de espaços para atrizes negras na televisão e no cinema.”

Nascida em março de 1933, no Rio de Janeiro, Léa Garcia deixa três filhos, três netos, dois bisnetos e uma tataraneta.

Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.

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