“A Marlene dizia assim: ‘eu idealizei uma loira na frente e quatro e oito atrás’”, relembra Xuxa. Mas, para pressionar as paquitas a tingirem os cabelos, ela usava outra estratégia.
“Ela não falava: você tem que pintar o cabelo de loiro. Ela dizia: se não for loira não vai no Faustão, na Ana e ia falando assim. Elas acabavam pintando, obviamente. Ela falava: não fala pra Xuxa”, conta a apresentadora.
“Mas eu acho que isso é um outro documentário, das paquitas, o que elas viveram, tudo pra ficar do meu lado, uma pressão”, acrescenta.
Abusos
A apresentadora contou que revisitar o passado fez com que ela recordasse de coisas esquecidas. “Eu comecei a mexer em caixinhas que não queria, porque achava que não deveria, mas comecei a me lembrar de algumas coisas. Achei que os abusos tinham parado aos 13 anos, mas não parou. A gente que vive em um mundo machista achava normal algumas coisas, mas não foi”, recorda.
Ela emenda relembrando a relação com Marlene. “Eu sofri um abuso psicológico, de poder, de confiança, que veio dela. Eu vendo ela falando, me reencontrando, eu confirmei isso”, comenta. Mas, Xuxa enfatiza: “Sei que minha história tem muito mais que isso”.