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Caso Jeff Machado: segundo suspeito confessa ocultação do corpo do ator

Envolvidos negam ter participado da morte, mas confessam ter ocultado o corpo do ator

Ator foi encontrado morto dentro de baú

Jeander Vinícius da Silva Braga, de 29 anos, admitiu ter ocultado o corpo do ator Jeff Machado - encontrado morto dentro de um baú - em depoimento à Polícia Civil. Bruno de Souza Rodrigues também confessou ter ajudado a esconder o corpo do ator, mas, assim como Jeander, nega ter participado da morte dele. Ambos foram indiciados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver nessa quarta-feira (31).

As informações são da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) em entrevista ao g1. A dupla acusa uma terceira pessoa de ter matado o ator. No entanto, a polícia descarta esta versão, já que apenas os dois estavam na casa de Jeff no dia da morte dele, 23 de janeiro.

O caso foi encaminhado para o Ministério Público. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros pede a prisão da dupla. Jeander e Jeff teriam se conhecido em um aplicativo de encontros, conforme parte do depoimento que o g1 teve acesso. No dia da morte de Jeff, testemunhas avistaram ele na casa do ator. Além disso, uma terceira pessoa foi vista no local.

Após sair do banho, Jeander encontrou Jeff deitado na cama morto com um fio no pescoço. A terceira pessoa, conforme o suspeito, disse "é isso que faz com quem passa HIV para os outros”. Ele e esse outro envolvido então colocaram o corpo de Jeff no baú, e o levaram para Campo Grande, na zona Oeste do Rio de Janeiro, onde foi encontrado concretado pela polícia.

História que a instituição descarta após realizar investigações e colher depoimentos. Naquele dia, apenas Jeander e Bruno estavam com Jeff. Ou seja, eles tiveram participação na morte do ator.

Ao g1, o advogado Jairo Magalhães, que faz a defesa da família de Jeff, afirma que a intenção dele é “desqualificar a vítima”. “Não existe elemento na investigação que aponte para uma outra pessoa na cena do crime. O que ele está tentando fazer é desqualificar a vítima, como se isso justificasse um homicídio brutal e premeditado”, destacou.

A família alegou que Bruno possuía as chaves do carro, da casa e estava com cartões bancários do ator. Logo, ele foi considerado o primeiro suspeito. Ele, inclusive, trabalhou na Globo até 2018, quando foi demitido. Uma das linhas de investigação aponta que ele teria enganado Jeff prometendo o papel em uma novela.

Após a data da morte, R$ 5.392,02 foram movimentados na conta do ator. “Achamos que essa fatura pode conter pistas que podem ajudar a polícia a identificar os envolvidos na morte do Jeff ou trazer outros elementos importantes para a investigação”, contou o advogado ao g1.

Desaparecimento

As investigações da Polícia Civil apontam que Jeff foi morto no dia 23 de janeiro. Partes do corpo do artista foram encontradas amarradas dentro de um baú que estava concretado a dois metros de profundidade em Campo Grande, na zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 22 de maio.

Em entrevista ao portal G1, o advogado da família de Jefferson, Jairo Magalhães, confirmou as informações. “O corpo foi encontrado na segunda-feira em uma casa em Campo Grande. Está confirmado desde ontem (23), no final do dia, pela perícia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que o corpo é dele. A família já foi avisada por mim agora”.

Jeff apenas foi dado como desaparecido no fim de janeiro. Na ocasião, uma ONG entrou em contato com a família informando que os cachorros do ator estavam abandonados. Os chips colocados nos oito cães da raça Setter foram decisivos para localizar os restos mortais do ator.

A partir de um chip de identificação nos pets, sete dos oito animais foram resgatados e ajudaram a polícia a desvendar o paradeiro de Jeff.

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