Meus ídolos, atleticanos principalmente, tenho deparado com matérias dos companheiros jornalistas surpresos com o Luiz Felipe Scolari tendo aceitado o convite do Galo para ser novamente técnico.
E daí?
Alguns buscaram reportagens em que Felipão disse que não voltaria à beira do campo como treinador.
Não é da minha época, mas o cantor Silvio Caldas encerrou a carreira diversas vezes e nem por isso foi vaiado ou o seu show ficou vazio de admiradores.
Aos 74 anos, um vencedor nato como Scolari tem a licença poética para voltar atrás nas suas decisões e beber da fonte dos sonhos de novas conquistas.
A adrenalina dos vencedores não acaba. Se renova. Viva o invocado Felipão para o bem do nosso futebol. Idolatrado pelos novos técnicos que desembarcam no Brasil e são seus discípulos. Vide Abel Ferreira e Pepa.
Os grandes voltam atrás.
O Galo, quero saber quem teve a genial ideia, foi feliz e revigora um cara que deu muito para o futebol e aceita o desafio das arquibancadas e dos comentaristas. Todos de caneleiras e travas altas. Aguardem.
Um homem, independentemente da sua idade, tem seus desafios e convicções. Lógico, já tem uma galera prontinha para dizer que o cara está velho e retrogrado. Basta um empate ou uma derrota.
Luiz Felipe Scolari sacudiu o noticiário do futebol brasileiro ao voltar atrás e aceitar o convite do Atlético.
A Seleção Brasileira, a última copa conquistada foi com Felipão, espera por Carlo Anceloti de 64 anos.
Valdir Amaral, um dos maiores narradores do rádio esportivo do Brasil, Gênio, dizia: “a vida muda minuto a minuto”.
No futebol também.
Boa sorte Felipão. Deus te ilumine aí na Cidade do Galo.