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Lições do clássico foram assimiladas por Cruzeiro e Atlético, que brilham na 29ª rodada

Raposa conquistou primeira vitória do ano no Mineirão, Galo bateu o Bragantino, em Bragança

Lições do clássico foram assimiladas por Cruzeiro e Atlético, que brilham na 29ª rodada

O clássico do último domingo (22), quando o Cruzeiro fez 1 a 0 no Atlético, no primeiro confronto entre eles na Arena MRV, nova casa alvinegra, inaugurada oficialmente há dois meses, deixou lições e elas foram absorvidas pelos dois lados. E entraram em campo nas vitórias de ambos nesta quarta-feira (25), pela 29ª rodada do Brasileirão, com os dois rivais ficando mais próximos de alcançarem os seus objetivos nesta Série A.

Vivendo momento de tensão por causa da decepção que provocou em seu torcedor após perder o primeiro confronto com o maior rival no seu novo estádio, e não só jogando pior, mas deixando a imagem de menos entrega em campo, o Galo foi a Bragança Paulista enfrentar o vice-líder do Brasileirão antes de a bola rolar na 29ª rodada pressionado.

E mostrou acima de tudo qualidade e maturidade. Não é fácil jogar no Nabi Abi Chedid, tanto que o Atlético nunca tinha vencido lá. O irregular time de Luiz Felipe Scolari, que vive uma verdadeira montanha-russa neste Campeonato Brasileiro, buscando vitórias fora de casa contra equipes da parte de cima da tabela, mas perdendo em casa para clubes que brigam contra o rebaixamento, experimentou mais um dia de elevação e conquistou um fundamental 2 a 1.

E se a qualidade foi o ponto principal, a briga, a intensidade, tão cobradas pelo torcedor no último domingo, também estiveram presentes na vitória atleticana, que teve tempos distintos, mas buscou os fundamentais três pontos. E assim, o time segue firme na briga por uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem, pois falar em título é complicado pelos 13 pontos de distância para o líder Botafogo, que tem um jogo a menos.

Vencedor do clássico histórico, o Cruzeiro conseguiu fazer da façanha na casa do rival um marco neste Brasileirão. E o time que carregava como ingrata característica o fato de não conseguir vencer no Mineirão, goleou o Bahia, adversário direto na luta contra o rebaixamento, se afastou da zona da degola e apresentou uma confiança que não tinha estado ainda no Gigante da Pampulha nos jogos da Raposa.

Ficou evidente que o clássico levou a confiança para a Toca II e que os jogadores desfrutaram dela diante do tricolor baiano, que na etapa final escapou de sofrer um placar ainda mais amplo tamanha a superioridade cruzeirense.

Que Atlético e Cruzeiro sigam conseguindo fazer das lições do clássico do último domingo seus nortes nesta reta final de Série A do Campeonato Brasileiro, pois isso é fundamental para que seus torcedores e os próprios clubes tenham o 2024 que esperam.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro