O valor da cesta básica em Belo Horizonte sofreu a primeira redução nos últimos seis meses. Após uma queda de R$ 35,46 e 4,95%, a cesta custa, hoje, R$ 680,80. Segundo Eduardo Antunes, gerente de pesquisas da Fundação Ipead pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apesar da diminuição, os preços ainda continuam nas alturas.
“São todos itens básicos, que fazem parte da refeição das pessoas do dia a dia. A refeição fora de casa, o que a gente consome nos restaurantes, vai acompanhar um pouco essa tendência mesmo. Esses setores não têm como ficar segurando os preços e acabam tendo que repassar isso”, afirmou.
De acordo com o gerente do Ipead, a cesta básica tem como vilões principais o leite e o feijão. O leite, com preço mais caro em quase 12% no mês de maio em comparação a abril, e o valor do feijão subiu quase 3% no período.
Por fim, Eduardo Antunes complementou que a energia elétrica ajuda a frear a inflação.
“Está tendo essa redução por causa da mudança da bandeira tarifária, que voltou a ser a bandeira verde depois de muito tempo de bandeira na escassez hídrica, que era a mais cara. Isso acaba impactando bastante no curso da inflação de Belo Horizonte. A tarifa apurada em maio reduziu em mais de 10% e ajudou a frear a inflação neste mês, que praticamente ficou estável em 0,07%”, concluiu.
Aumento substancial nas passagens aéreas
O preço das passagens aéreas aumentou quase 44% e, aos poucos, os bilhetes estão se tornando artigos de luxo para muitas pessoas.
“Aparentemente, é o que dá a impressão do que aconteceu com as passagens aéreas. Os custos que envolvem esse setor devem estar subindo bastante. Tem o querosene de avião, peças de manutenção, mão de obra. Isso encarece muito nesse último período, que levou ao aumento substancial da passagem aérea”, declarou.