A Prefeitura do Rio de Janeiro, em conjunto com o Ministério Público Estadual, começou a demolir a chamada “mansão do tráfico”, na favela da Rocinha. O imóvel, avaliado em R$ 2,5 milhões, ainda estava em fase de construção. A obra irregular ameaçava quem fosse morar no local, além de colocar em risco casas próximas.
De acordo com informações do jornal O Globo, a mansão teria três andares e uma cobertura, em uma área de 600 metros quadrados. A construção tinha piscina e vista privilegiada para a Praia de São Conrado, Lagoa Rodrigo de Freitas e Cristo Redentor.
As autoridades acreditam que John Wallace da Silva Viana, popularmente conhecido como Johny Bravo, seria o dono do local. Ele é um dos chefes do tráfico de drogas na comunidade. Durante uma operação, realizada na manhã desta quarta (13), foram encontradas pichações com referências a Rogério 157, antecessor de Johny.
Na parede de uma área de convivência, ao lado da mansão, estava escrito a frase “Todos pelo R” na bandeira do Brasil, no lugar de “Ordem e progresso”. Uma outra figura mostra um homem de braços abertos para a Rocinha, com o número 157 na camisa.
Segundo a Polícia Civil do Rio, há três mandados de prisão contra Johny Bravo. O traficante já foi visto ostentando joias de luxo e usava a mansão para realizar festas, mesmo antes da obra ficar pronta. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) estima que o criminoso tenha gastado pelo menos R$ 1 milhão na construção do imóvel.