O ex-jogador de futebol Marcelo Pletsch foi preso suspeito de integrar uma organização criminosa responsável por homicídios, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Cascavel, no Paraná. Na semana passada, a Polícia Federal cumpriu 7 dos 15 mandados de prisão contra o grupo. Um dos suspeitos morreu em confronto com os policiais.
Segundo a PF, há indícios de que Pletsch transportava as drogas para a quadrilha. A polícia teve acesso a uma ligação telefônica em que um dos chefes da organização pede para que o ex-jogador confirme detalhes de um dos carregamentos. A defesa do ex-jogador negou todas as acusações e disse que Pletsch terá a inocência comprovada.
Marcelo Pletsch é brasileiro naturalizado alemão. Ele começou a carreira como zagueiro no fim da década de 1990 e passou pelo Borussia Mönchengladbach, entre 1999 a 2005, e Kaiserslautern., também na Alemanha. No Brasil, jogou pelo Ceará e Cascavel, onde se aposentou.
Em 2016, o ex-jogador foi preso por carregar quase 800 quilos de maconha em um caminhão em Toledo, no oeste do estado.
Grupo agia em vários estados brasileiros
As investigações da Polícia Federal descobriram que o grupo era comandado por duas frentes: os Irmãos Benedet e os Irmãos Cabelo. A quadrilha agia no Paraná e em outros estados brasileiros, além de países vizinhos, como Paraguai e Bolívia. A PF teve acesso a uma mensagem de celular na qual os Irmãos Cabelo declaram guerra a outros criminosos.
Também foram encontradas fotos de pistolas, munições, joias e dinheiro no celular de João Vitor, um dos líderes dos Irmãos Benedet. O suspeito escondia e vendia armas em uma loja de roupas.
A operação da PF apurou as denúncias através de informações o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do governo federal, escutas telefônicas e quebras de sigilo de comunicação autorizadas pela Justiça.
