Integrantes da máfia italiana Ndrangheta foram presos durante a operação Eureka, da Europol - a polícia europeia. Os investigadores descobriram que a quadrilha, uma das mais poderosas do mundo, fornecia armas para a facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) em troca de cocaína.
A operação foi divulgada pela Europol na quarta-feira (3). As investigações foram realizadas em 10 países e resultou na prisão de 132 criminosos. O grupo é responsável por grande parte do comércio de cocaína da Europa. Além do tráfico de drogas, a organização é acusada de lavagem de dinheiro, suborno e violência.
A máfia atuava na Bélgica, Brasil, Alemanha, Itália, França, Portugal, Eslovênia, Espanha, Romênia e Panamá. No Brasil, o grupo fornecia armas para o PCC como pagamento pelos carregamentos de cocaína que eram enviados à Europa.
Um dos mafiosos presos foi o italiano Rocco Morabito, 56. O criminoso é suspeito de negociar o embarque de um contêiner cheio de armamentos de guerra procedentes de países da antiga União Soviética para o Brasil. Segundo o procurador do Ministério Público Federal italiano, Giovanni Bombardieri, as armas pertenciam a um grupo terrorista do Paquistão com destino à América do Sul.