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Em São Paulo, capital começa a transferir a gestão de 22 cemitérios da capital para empresas privadas

Famílias de baixa renda inscritas no Cadúnico têm direito a serviços funerários de graça

O maior desafio, porém, será garantir a manutenção

Começou ontem (12), a transição do comando dos cemitérios municipais da capital paulista para a iniciativa privada. Quatro consórcios ganharam as licitações para operar, manter, explorar, revitalizar e expandir os 22 cemitérios e o crematório público da Vila Alpina. A ideia também é aumentar o número de cremações.

O Cemitério da Vila Alpina faz parte de um dos lotes de cemitérios municipais que passaram a ser administrados pela iniciativa privada.

Entre as novas ações estarão a digitalização dos livros de óbitos e de ossários e a ampliação da capacidade de realizar velórios.

O maior desafio, porém, será garantir a manutenção: tem lixo acumulado, túmulo sem tampa e com mato alto entre os jazigos.

Importe lembrar que as famílias de baixa renda que estão inscritas no Cadúnico têm direito, garantido por lei, a sepultamento, cremação e exumação de graça. Já o valor do velório social vai ser reduzido que passa dos R$ 755 para R$ 566. Em contrapartida, as concessionárias vão poder explorar estacionamento, lanchonetes e lojas. A prefeitura quer fazer caixa para investir em outras áreas, e a expectativa é que, ao longo dos 25 anos de contrato, o valor chegue a R$ 1,2 bilhão para os cofres do município.