Criança de 10 anos esfaqueia pai para defender a mãe de agressões, em Goiás

O menino de 10 anos atingiu o pai com uma faca na barriga para defender a mãe; caso aconteceu no último domingo (4) em Goiás

Faca usada pela criança para esfaquear o pai em Goiás

Uma criança de 10 anos esfaqueou o pai para defender a mãe no último domingo (4), no município de Uruaçu, na região Norte de Goiás. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o pai do menino estaria embriagado e teria agredido a mulher; a criança, então, esfaqueou o homem na altura do abdômen.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Peterson Amin, a Polícia Militar (PM) foi acionada e, ao chegar no local, encontrou a mulher, que negou qualquer tipo de agressão, e o homem ferido. A criança já não estava no local – ela foi retirada por familiares.

Ainda segundo o delegado, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e o homem foi levado ao Hospital Estadual do Centro-Norte de Goiânia (HCN), onde está internado com quadro estável. A família foi levada à delegacia para prestar depoimento.

De acordo com o delegado, a criança não será incriminada, uma vez que não quis matar o pai, mas apenas proteger a mãe. O homem não foi preso em flagrante por conta de seu estado de saúde.

Conduta violenta

Em entrevista à TV Anhanguera, a conselheira tutelar Keila Silva comentou que a criança não tem histórico de violência ou agressividade, ou passagens pela polícia e pelo conselho tutelar. Segundo Keila, a briga começou quando a mulher foi buscar o marido na casa da irmã e o homem, já alcoolizado, queria dirigir o carro com as crianças dentro. A mãe não permitiu e os dois começaram a discussão.

“Ele (o marido) não aceita ela (a esposa) ter redes sociais. Ela tinha postado uma foto com o menino, e ele perguntou por que ela estava postando e começou a briga. Ele deu tapas, murros e, nesse momento, a criança foi na cozinha, pegou a faca, o golpeou na barriga, e ele falou: ‘uai, filho, você furou o papai?”, disse Keila.

A conselheira também acrescentou que o menino estava em choque e ainda não tinha assimilado o que fez. “A criança vai continuar com a mãe, e o pai não vai voltar para casa. Ela vai pedir uma medida protetiva, e esse é o fim do casamento. A criança vai estar segura”, completou.

A mulher ainda relatou que o marido tinha um histórico violento e que tinha uma arma guardada em casa.

(Sob supervisão de Lara Alves)

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