Virna, ex-jogadora de vôlei e amiga próxima de Walewska, comentou sobre
“A Wal era uma pessoa muito generosa (...) ela pôde proporcionar uma boa moradia a eles (os pais), pagou os estudos do irmão e comprou vários imóveis na vida dela. Foi uma atleta muito centrada. Tanto que quando eu vi o BO do marido, eu assustei. Isso não é a Wal. Nunca vi a compulsão nela”, disse em entrevista ao UOL.
Virna completou a fala sobre Walewska admitindo que a ex-atleta era sim vaidosa. No entanto, não havia nada de errado nisso, pois a atleta tinha construído um contexto favorável para isso.
“Vaidosa, sempre. Gostava de grife e de se vestir bem, mas ela ganhava para isso. Ela podia se permitir aquilo”, completou.
A descrição de uma suposta compulsão foi feita por Ricardo Mendes, marido da ex-jogadora. Em depoimento à PM, disse estar casado há aproximadamente 20 anos, mas que o casal passava por problemas, e ele tinha a intenção de se divorciar em breve.
Além disso, conforme relato do marido, a ex-jogadora da Seleção Brasileira era “compulsiva por compras” e havia “dilapidado boa parte do dinheiro que conseguiram durante os anos de casado”.
Walewska morreu na última quinta-feira (21) em São Paulo, após cair do 17º andar do prédio onde morava, na capital paulista. A Polícia Civil investiga o caso.
A principal linha de investigação da Polícia Civil de São Paulo é a hipótese de suicídio. Um dos fatores que leva a essa possibilidade é uma hipotética carta de despedida deixada por Walewska. O conteúdo da carta não foi divulgado. Marido da vítima,
História de Walewska
A ex-jogadora foi revelada pelo Minas, em 1995 e ficou no clube até 1998. Ela voltou ao time da capital mineira em 2014 e ficou até o ano seguinte. A meio-de-rede ainda defendeu Rexona/Ades, São Caetano, Sirio Perugia da Itália, Murcia da Espanha, Zarechie da Rússia, Vôlei Futuro, Vôlei Amil, Minas, Osasco e Praia Clube, onde encerrou a carreira em 2022.
Walewska também teve duas passagens pelo Praia Clube, de Uberlândia. A primeira foi entre 2015 e 2018, quando conquistou o título da Superliga Feminina de Vôlei pela segunda vez na carreira (ela já havia sido campeã em 2000 pelo Rexona/Ades).
A última passagem de Walewska pelo Praia Clube começou em 2019 e terminou no ano passado, quando ela anunciou a aposentadoria.
Walewska foi duas vezes campeã da Superliga (1999-2000 e 2017-18). A meio-de-rede ainda levantou as taças da Supercopa (2019, 2020 e 2021), do Troféu Super Vôlei e do Campeonato Mineiro (2019 e 2021).
Super campeã pela Seleção Brasileira
Walewska defendeu a Seleção Brasileira durante boa parte da carreira. A primeira convocação foi em 1999, com Bernardinho. No mesmo ano, ela conquistou o título dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá.
O auge da carreira de Walewska foi o título dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, na China. Ela também ganhou a medalha de bronze nos jogos de 2000, em Atenas, na Grécia.
Ela também conquistou três vezes o título do Grand Prix de Vôlei: 2004, 2006 e 2008. Na última conquista, foi eleita a melhor bloqueadora do torneio.