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Irmão de Walewska questiona hipótese de suicídio: ‘Não tem lógica’

Wesley Oliveira relembrou contato com a irmã e colocou em dúvida até mesmo a existência da suposta carta

Walewska morreu na quinta-feira

O irmão da ex-jogadora de vôlei Walewska, Wesley Oliveira questionou a hipótese de que a mulher teria cometido suicídio. Multicampeã no esporte, ela morreu aos 43 anos na quinta-feira (21) ao cair do 17º andar do prédio em que morava, em São Paulo.

Em entrevista concedida ao Portal UOL, Wesley falou sobre a investigação da Polícia Civil. Relembrando momentos com a irmã, ele frisou que a família não acredita que a ex-jogadora tenha tirado a própria vida.

"É difícil acreditar que uma pessoa tão linda, tão centrada, tão maravilhosa, tenha feito o que estão falando o que ela fez. Acho que não tem lógica. Ela estava muito bem, amava viver. Difícil acreditar que isso aconteceu”, afirmou.

De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pela Itatiaia, os policiais encontraram, na área de lazer do prédio, uma taça e uma garrafa de vinho, o aparelho celular de Walewska e uma pasta com folha sulfite, em que foi redigida uma suposta carta de despedida.

Wesley também questionou esse suposto documento, destacando que sequer teve acesso à carta.

“Não tivemos acesso a esta carta de despedida. Não dá pra saber se realmente existe. Existem várias versões: ela pode ter feito a carta, alguém pode ter escrito por ela ou pode nem ter carta nenhuma. A minha irmã adorava escrever, vai saber se ela não estava escrevendo coisas sobre o podcast dela? Vamos precisar buscar isso na investigação. Não dá pra saber de fato se era uma carta de despedida”, completou o irmão.

As circunstâncias da morte de Walewska continuam em investigação pela Polícia Civil de São Paulo. Tanto o celular da ex-jogadora como a suposta carta citada estão com as autoridades, que ainda não descartaram a possibilidade de ela ter tirado a própria vida. O laudo final será concluído em até 30 dias após o fato.

História de Walewska

A ex-jogadora foi revelada pelo Minas, em 1995 e ficou no clube até 1998. Ela voltou ao time da capital mineira em 2014 e ficou até o ano seguinte. A meio-de-rede ainda defendeu Rexona/Ades, São Caetano, Sirio Perugia da Itália, Murcia da Espanha, Zarechie da Rússia, Vôlei Futuro, Vôlei Amil, Minas, Osasco e Praia Clube, onde encerrou a carreira em 2022.

Walewska também teve duas passagens pelo Praia Clube, de Uberlândia. A primeira foi entre 2015 e 2018, quando conquistou o título da Superliga Feminina de Vôlei pela segunda vez na carreira (ela já havia sido campeã em 2000 pelo Rexona/Ades).

A última passagem de Walewska pelo Praia Clube começou em 2019 e terminou no ano passado, quando ela anunciou a aposentadoria.

Walewska foi duas vezes campeã da Superliga (1999-2000 e 2017-18). A meio-de-rede ainda levantou as taças da Supercopa (2019, 2020 e 2021), do Troféu Super Vôlei e do Campeonato Mineiro (2019 e 2021).

Super campeã pela Seleção Brasileira

Walewska defendeu a Seleção Brasileira durante boa parte da carreira. A primeira convocação foi em 1999, com Bernardinho. No mesmo ano, ela conquistou o título dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá.

O auge da carreira de Walewska foi o título dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, na China. Ela também ganhou a medalha de bronze nos jogos de 2000, em Atenas, na Grécia.

Ela também conquistou três vezes o título do Grand Prix de Vôlei: 2004, 2006 e 2008. Na última conquista, foi eleita a melhor bloqueadora do torneio.

Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.