Prestes a completar uma semana nesta quinta-feira (21), a
O advogado Rodrigo Assumpção Cartafina afirma que, de acordo com o Código Civil Brasileiro, a herança de uma mulher casada e sem filhos pode ir apenas para os pais dela, desde que a mulher tenha se casado em separação de bens. “Nessa modalidade, cada cônjuge possui bens pessoais. No caso da jogadora, os bens da mulher ficariam apenas com seus pais”, explica o advogado.
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Em casos de comunhão parcial ou universal de bens, o marido tem direito a parte da herança, a depender da modalidade do casamento. E um início de processo de separação, como ocorria entre Walewska e o marido, não alteraria essa situação: “Não muda. O marido irá ser herdeiro ou meeiro, a depender do regime de bens do casamento.”
Rodrigo Cartafina ainda explica que a existência de um testamento não invalida a divisão do casamento, mas pode interferir. “Caso haja herdeiros necessários (descendentes ou ascendentes), a pessoa somente poderá dispor de 50% de seus bens para os herdeiros testamentários. Os outros 50%, obrigatoriamente, pertencem aos herdeiros necessários. Caso não haja herdeiros necessários, somente herdeiros colaterais, como irmãos ou sobrinhos, a pessoa poderá dispor a totalidade de seus bens.”
O advogado também fala sobre o prazo para a realização do inventário, caso haja um documento do tipo. Se o inventário for consensual e sem menores de idade envolvidos, pode ser feito em cartório e demoraria poucas semanas. Já inventários complexos só podem ser feitos judicialmente com a participação do Ministério Público. “Um inventário litigioso, por exemplo, poderá levar anos, uma vez que a deverá chegar aos tribunais superiores”, explica Rodrigo.
Walewska trocou mensagem com o marido minutos antes de morrer
Poucos minutos antes de morrer, Walewska trocou uma última mensagem com o marido, Ricardo. Na ocasião, a ex-jogadora disse amar o esposo e comentou sobre a decisão dele de se divorciar.
Às 18h07 (de Brasília), Walewska enviou uma mensagem no WhatsApp para Ricardo com a seguinte frase: “Amo você. Mas, acho que você já tomou a sua decisão”. No mesmo minuto, Ricardo respondeu com um “Também te amo”.
De acordo com as investigações, Walewska caiu do 17º andar do prédio em que morava oito minutos após enviar a mensagem ao marido.
No Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o caso, os militares presentes no local consideraram como “dúvida razoável” a hipótese de a campeã olímpica ter se jogado do edifício. O documento diz ainda que Walewska
A polícia relatou que, conforme imagens de câmeras de segurança, Walewska acessou o 17º andar do condomínio às 16h50 (de Brasília) da última quinta-feira (21), no mesmo dia da morte. Ela carregava consigo uma garrafa de vinho, uma taça, uma pasta e seu celular.
A última conversa do casal no WhatsApp foi divulgada por Ricardo em entrevista ao UOL.
Relacionamento estava desgastado
Aos policiais, Ricardo afirmou que eles estavam casados há aproximadamente 20 anos, mas que o casal passava por problemas, e ele tinha a intenção de se divorciar em breve.
Além disso, conforme relato do marido, a ex-jogadora da Seleção Brasileira era “compulsiva por compras” e havia “dilapidado boa parte do dinheiro que conseguiram durante os anos de casado”.
Responsável pela investigação do caso, a
História de Walewska
A ex-jogadora foi revelada pelo Minas, em 1995 e ficou no clube até 1998. Ela voltou ao time da capital mineira em 2014 e ficou até o ano seguinte. A meio-de-rede ainda defendeu Rexona/Ades, São Caetano, Sirio Perugia da Itália, Murcia da Espanha, Zarechie da Rússia, Vôlei Futuro, Vôlei Amil, Minas, Osasco e Praia Clube, onde encerrou a carreira em 2022.
Walewska também teve duas passagens pelo Praia Clube, de Uberlândia. A primeira foi entre 2015 e 2018, quando conquistou o título da Superliga Feminina de Vôlei pela segunda vez na carreira (ela já havia sido campeã em 2000 pelo Rexona/Ades).
A última passagem de Walewska pelo Praia Clube começou em 2019 e terminou no ano passado, quando ela anunciou a aposentadoria.
Walewska foi duas vezes campeã da Superliga (1999-2000 e 2017-18). A meio-de-rede ainda levantou as taças da Supercopa (2019, 2020 e 2021), do Troféu Super Vôlei e do Campeonato Mineiro (2019 e 2021).
Super campeã pela Seleção Brasileira
Walewska defendeu a Seleção Brasileira durante boa parte da carreira. A primeira convocação foi em 1999, com Bernardinho. No mesmo ano, ela conquistou o título dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá.
O auge da carreira de Walewska foi o título dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, na China. Ela também ganhou a medalha de bronze nos jogos de 2000, em Atenas, na Grécia.
Ela também conquistou três vezes o título do Grand Prix de Vôlei: 2004, 2006 e 2008. Na última conquista, foi eleita a melhor bloqueadora do torneio.