Novak Djokovic se isolou neste domingo como o maior vencedor de Grand Slam da história. O sérvio superou o norueguês Cásper Ruud na final de Roland Garros pot 3 a 0 com parciais de 7/6 (7/1), 6/3 e 7/5. A vitória confirmou o tricampeonato na terra batida francesa em sua sétima final na Philippe Chatrier.
De quebra, o título significou um recorde. Foi a 23ª conquista do ex-número 1 em Majors, abrindo uma a mais que Rafael Nadal,, justamente na competição predileta do espanhol. Nadal foi campeão em Paris por 14 vezes, mas não atuou em 2023 por lesão.
Além do tricampeonato em Roland Garros, Djokovic tem 10 troféus do Aberto da Austrália, sete taças de Wimbledon e outras três do US Open. Foi sua segunda conquista de Grand Slam na temporada - ele abriu o ano ganhando na Austrália em final contra o grego Stefanos Tsitsipas.
Logo de cara, Ruud deixou o sérvio nervoso, algo raro em jogos no saibro de ex-líder do ranking. Em um segundo game com mais de 10 minutos de duração, quebrou o serviço para abrir 2 a 0 após Djokovic cometer sete erros não forçados, visivelmente incomodado com seu jogo, que não encaixava. Ainda abriu 4 a 1 até permitir a reação.
O momento mágico de Ruud diminuiu com o crescimento de Djokovic. O sérvio começou a defender melhor e até subidas à rede ousou fazer para marcar pontos preciosos. Com um erro do norueguês, empate por 4 a 4. Sem mais quebras, a decisão foi ao tie-break e o veterano levou a melhor com soberania, abrindo 1 a 0 com 7 a 1 em set de 90 minutos.
Depois de disputar um set em grande estilo e mesmo assim sair derrotado, a questão era se Ruud teria cabeça para segurar o ímpeto do adversário. E o começo do segundo set mostrou que não. Jogando o fino do tênis, Djokovic abriu a nova parcial dando show.
Com enorme repertório e poder no serviço, colocou o rival para correr de um lado para o outro na quadra e finalizava os pontos com categoria, abrindo logo 3 a 0 com subida na rede e bola curta. O vibrante norueguês perdeu a alegria na partida.
Sempre seguro em quadra, Djokovic oscilou apenas no sétimo game, quando alguém da arquibancada falou antes da hora e o induziu a erro bobo no saque para 30 a 30. Ele respirou fundo e após pedido de calma do seu box, confirmou para 5 a 2 e depois fechou em 6 a 3 com menos da metade do tempo de jogo da parcial anterior. Precisou de somente 43 minutos para dar gigante passo à taça.
Diferentemente das parciais anteriores, o equilíbrio prevaleceu no terceiro set, com tenistas confirmando o saque e sem quebras até 4 a 4. Ruud ficou perto de quebra, mas Djokovic reagiu e saiu com braços erguidos após confirmar, sob intenso aplauso. Logo depois, contudo, deu game de graça em erro não forçado.
Com imposição, o sérvio emplacou sequência de pontos em dois games perfeitos para virar para 6 a 5 e partir para o serviço da história. Com tranquilidade, não sentiu o peso de fechar o jogo e foi logo abrindo um triplo match point. A direita saiu, mas ele fechou na segunda oportunidade, após o árbitro novamente ter de pedir silêncio ao público, com bola para fora de Ruud. Ele caiu deitado na quadra para celebrar a conquista.
*Com agências