Nyvi Estephan é apresentadora e host de eSports há mais de uma década, e já é presença carimbada nos principais eventos relacionados ao universo gamer do Brasil. Contudo, agora, Nyvi aposta suas fichas na
À frente da equipe, Nyvi vem desbravando novos territórios e encarando de frente os desafios de liderar em um ambiente majoritariamente masculino, mesmo sem vir do universo tradicional do futebol.
“Foi uma ‘doideira’ esse convite”, conta Nyvi. A proposta surgiu por meio de André Akkari, um dos fundadores da FURIA, a pedido de Gerard Piqué. “Se fosse em outro momento da minha vida, talvez tivesse sido mais difícil. Mas hoje estou muito estabilizada na minha carreira como apresentadora e nos eSports. Foi a hora certa”, conta.
Mesmo com pouco tempo e uma equipe enxuta, ela assumiu a missão com entusiasmo. Ao lado do tenista Bruno Soares, seu sócio, Nyvi formou um time técnico experiente. O comando dentro de campo ficou com Rafael Dabá, ex-jogador multicampeão de Fut 7, que assumiu o posto logo após se aposentar.
“O projeto é gigante, e a equipe é pequena. Mas a gente está fazendo acontecer com muita dedicação. A galera não tem noção do quanto é trabalhoso fazer um time funcionar”, revela. “Desde gravar conteúdo, responder DM, até decisões estratégicas. Eu participo de tudo.”
Experiência valiosa nos eSports
A experiência com os bastidores de competições de eSports se mostrou valiosa. Após atuar com mais de 30 jogos competitivos ao longo de sua carreira, Nyvi transporta para o Futebol 7 da Kings League um olhar estruturado sobre a vida de atleta. “A disciplina, o preparo mental e físico, tudo isso se mantém, seja no digital ou no gramado.”
Contudo, segundo a presidente, o impacto emocional do cargo de liderança é diferente. "É muito diferente quando o time é seu. Eu fico tremendo durante os jogos”, confessa. “A comunicação com os atletas é um desafio. Saber o que dizer depois de uma derrota, ou antes de uma partida importante, tudo isso pesa”, afirmou.
Papel como mulher na liga e momento do Nyvelados
Como mulher à frente de um time de futebol masculino, Nyvi também encara barreiras culturais. “Desde o início eu deixei claro que não entendia muito de futebol. E, por isso mesmo, me cerquei de quem entende. Mas eu preciso impor respeito, ser líder e manter um distanciamento profissional para evitar qualquer situação de desrespeito. É algo que já enfrentei também nos eSports.”
Antes do começo da competição, o Nyvelados não era apontado como um dos favoritos por parte dos presidentes e do público. Contudo, ao final das três rodadas iniciais, a equipe conquistou duas vitórias e briga na parte de cima da tabela por uma vaga na Kings League World Cup, que será realizada na França, em junho deste ano.
Mesmo com estrutura modesta, o Nyvelados FC surpreendeu. “A gente foi visto como azarão, e eu sei que parte disso foi por ser uma mulher liderando, sem uma grande organização por trás. Mas nosso time está dando tudo de si. Eles são incríveis”, ponderou.
Entre emoção, liderança e aprendizado, Nyvi finaliza: “É um desafio gigantesco, mas eu entrei de cabeça. E estou muito feliz por isso”.
