O técnico Thiago Carpini foi apresentado oficialmente pelo
“Está dentro do nosso desafio também conhecer o que tem aqui. Claro que todos elencos têm suas limitações. Um fator que pesou muito para nossa chegada foi o elenco. Confiar no que temos aqui é o primeiro ponto. Confio muito nesses atletas e nesse projeto e acredito que estaremos todos na mesma página”, afirmou, em entrevista coletiva. ]
Dentro dessa proposta, Carpini elogiou bastante o trabalho de seu antecessor. Sob Condé, o Leão foi campeão da Série B do Campeonato Brasileiro de 2023 e do Campeonato Baiano de 2024.
“Justamente não começar do zero é o que vejo de mais importante. É um grupo que vem com mentalidade vitoriosa. Dentro disso, [vamos] colocar algumas ideias. É potencializar coisas que vinham acontecendo e, coisas que pensamos diferente, propor no dia a dia. Sabemos que não é fácil. Mas, quando você pega um processo de bom trabalho, como foi deixado pelo Léo, é positivo”, destacou.
Apesar dos elogios, o técnico reconheceu que o Vitória precisa de uma melhora urgente. Com apenas um ponto conquistado, o clube ocupa a 18ª colocação da Série A, dentro da zona de rebaixamento. A situação, naturalmente, gera uma grande pressão da torcida. O comandante explicou como lida com esse tipo de momento.
"É claro que cada tamanho de clube tem o tamanho da pressão, mas o futebol é igual em todos os lugares. Vivo o futebol nessa função há cinco anos. Passei por clubes menores, maiores, e estamos acostumados a isso. Trabalhamos para que esses momentos não aconteçam, mas é difícil num calendário como o nosso. As críticas temos que respeitar e se fortalecer com isso. Temos que procurar assimilar os nossos erros. Não muda nada no meu jeito de ser”, projetou.
Ele ainda completou: “Não gosto muito de vender sonhos. Precisamos trabalhar com realidade. Trabalhar com nossa permanência. Amadureci em vários aspectos. Errei muito, acertei um pouco. Me vejo um profissional, um ser humano melhor para contribuir com o Vitória”.
Por fim, projetou a estreia. O técnico terá seis dias para conhecer e treinar o elenco para o jogo da próxima quarta-feira (22). O Vitória vai receber o Botafogo no Barradão, às 19h (de Brasília), pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. O Rubro-Negro precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar, e por um para levar a decisão para os pênaltis.
“Aproveitar ao máximo esses dias que temos agora, estudar ao máximo o nosso adversário. Vi o primeiro jogo no Engenhão. Conheço bem o Botafogo e o meu elenco. Aproveitar ao máximo esse período para o estímulo da coragem, da confiança, da alegria de entrar no Barradão”, concluiu.
Veja outros pontos da coletiva
Maior rodagem do elenco?
“Isso vai muito do que vamos viver na temporada. Temos um jogo decisivo na quarta-feira, que pode nos dar duas competições. Costumo oportunizar a todos para que possam ter uma disputa interna muito mais sadia e comprometida para elevar o nível do nosso elenco. Dentro das características, a continuidade é muito importante. Mas não vamos ficar apegados ao sistema. Temos que escolher as melhores estratégias em função dos adversários. Não estou aqui para agradar ninguém, estamos aqui para vencer”.
Gestão de grupo com atletas mais experientes
“Independente do que viveram, da idade, existe uma hierarquia. Não estou aqui para agradar ninguém, estou para ajudar o Vitória. Trato o mais jovem e o mais velho com respeito. Preciso que eles entendam o que a gente peça dos comportamentos, das ideias. Começamos com 11. Quando você fala a verdade, olha no olho, a chance de errar é menor. Minha gestão sempre foi tranquila por causa disso”.
Utilização da base
“Gosto muito de participar da base. Foram algumas perguntas que fiz até para o nosso presidente. Essa parceria com o Itabuna é muito boa. Somos uma comissão que costuma viver o clube, não só estar aqui no período de treino. O Vitória, se começarmos a numerar o que revelou para o cenário nacional e mundial, perdemos até o horário do treino. Não tenho problema nenhum em colocar jogadores jovens”.
Projeção dos clássicos Ba-Vi
“Vamos viver jogo a jogo. Os clássicos são sempre diferentes, marcantes. Envolvem um contexto diferente. É uma retomada de um time, é o momento ruim de outro. Ainda está um pouco distante. Minha preocupação maior agora é trabalhar bem, estar pontuando, avançando na tabela, para chegar no clássico num bom momento”.