O Vasco não cumpriu o que tinha sido acordado e sofreu o chamado Transfer Ban da Fifa, por dívidas pelas contratações de Pumita Rodríguez, Manuel Capasso e o goleiro Léo Jardim. O clube foi acionado em julho na entidade máxima do futebol e tinha se comprometido a acertar as pendências até o mês de setembro.
Entretanto, como o novo aporte da 777 Partners não foi feito e deve chegar na primeira semana de outubro, o clube não arcou com suas responsabilidades junto ao ex-clubes destes jogadores. A dívida por Pumita é com o Nacional-URU; com Capasso é com o Atlético Tucumán-ARG e com Léo Jardim é junto ao Lille-FRA. A informação inicial foi publicada pelo ge e confirmada pela Itatiaia.
No acordo, para o Nacional, o Vasco arcaria com US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões), à vista, até o final de março, mas não foi cumprido. A diretoria cruz-maltina procurou o clube de Montevidéu, recentemente para prolongar o prazo, mas recebeu uma negativa.
O caso de Capasso é semelhante. Porém, o Vasco se comprometeu em pagar duas parcelas até o meio deste ano e não honrou com nenhuma. Por metade dos direitos do defensor, o clube carioca pagaria 1,2 milhão de dólares (R$ 5,7 milhões), mais 300 mil dólares (R$ 1,4 milhão), por metas.
Por Jardim, o Cruz-Maltino está devendo cerca de R$ 6 milhões, equivalentes à segunda parcela da compra de cerca de R$ 12,8 milhões pelo arqueiro. A primeira parte foi paga ainda no primeiro semestre, depois dos franceses reclamaram na Fifa pela dívida também.
O Transfer Ban é uma medida administrativa e punitiva, quand os clubes não cumprem com os pagamentos das transações internacionais. O Vasco foi notificado pela entidade, como deve ser, 45 dias antes de ser punido.
Clube não se preocupa, mas teme mercado
Por enquanto, o Vasco não está preocupado com o Transfer Ban, até porque neste momento a janela de transferências está fechada para clubes brasileiros. Sendo assim, a SAF e o clube sabem que, na pior das hipóteses, podem quitar todas as dívidas até dezembro, antes da reabertura da janela.
De qualquer maneira, o clube pretende arcar com os pagamentos já no próximo mês quando resolverá, com o aporte da 777 Partners, a chamada questão de fluxo de caixa.
O que incomoda a diretoria e a própria SAF, é que sofrer o Transfer Ban, mesmo arcando com as dívidas, pode sujar o nome do Vasco para futuras negociações. Foi desta maneira, devido à desconfiança, que o clube não conseguiu contratar Michael Santos, junto ao Talleres-ARG e teve que correr contra o tempo para trazer Veggeti, do Belgrano-ARG.
Entretanto, para trazer o Pirata, foi necessário o depósito de uma quantia de empréstimo para em seguida o Vasco anunciar a compra em definitivo do atacante.