A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), por meio de sua unidade disciplinar, abriu investigação após o atacante da
Após análise da denúncia, com possibilidade de ouvir os envolvidos, a unidade envia ao Tribunal de Disciplina, que define se há ou não punição. Como o Sul-Americano é um torneio curto, com a fase de grupos acabando já no próximo final de semana, é possível que ocorra uma decisão rápida.
A Federação Boliviana pode ser multada em US$ 100 mil (R$ 590 mil) e atletas podem ser multados e suspensos. A CBF publicou uma nota lamentando o fato e enviou à Conmebol um protesto formal para investigação e punição dos envolvidos.
O jogador brasileiro afirmou ter sido chamado de ”mono” (macaco, em espanhol) e visto o goleiro boliviano realizar gestos racistas em sua direção.
Rayan afirmou que Fabian Pereira, arqueiro da Bolívia, imitou um macaco em sua direção, além de proferir palavras de cunho racista. Após o ocorrido, o atacante denunciou a situação ao árbitro e também ao quarto árbitro, junto de seus companheiros de Seleção.
O vascaíno entrou aos 29 minutos do segundo tempo na partida, no lugar de Pedrinho. Na estreia, na goleada de 6 a 0 sofrida para a Argentina, o atacante foi titular da equipe de Ramon Menezes.
Veja na íntegra a nota da CBF:
A CBF enviou uma representação à Conmebol e às autoridades locais em protesto contra os atos racistas sofridos pelo atacante Rayan, da Seleção Brasileira Sub-20, na vitória deste domingo (26) contra a Bolívia, na Venezuela, pelo Sul-Americano da categoria. O Brasil venceu a partida por 2 a 1.
A CBF condena veementemente qualquer tipo de ação discriminatória no futebol e não tolera casos de racismo no esporte.
No final do jogo, Rayan relatou ter sido chamado de “mono” (macaco, em espanhol) e visto o goleiro boliviano, Fabián Pereira, fazer o gesto imitando um macaco em sua direção. Imediatamente, Rayan denunciou ao quarto árbitro e ao árbitro do jogo, assim como todo o time brasileiro.
No vestiário, após o término do jogo, ele reiterou os gestos racistas feitos pelo atleta boliviano.
"É repugnante assistir novamente atos de racismo contra um atleta. Racismo é crime e vou sempre me solidarizar. Não podemos normalizar. Estamos tomando medidas efetivas para punir os responsáveis com rigor”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.